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Nos dias que correm é difícil escaparmos a este assunto. Nos momentos do dia-a-dia, num café, por exemplo, ou até em momentos mais solenes, num copo de água de um casamento a conversa vai invariavelmente para ao assunto da crise.

Nas empresas e nas universidades, os exemplos dados são das empresas que souberam ultrapassar a crise e das que não souberam. Esta omnipresença cria uma fonte de problemas aos decisores nas empresas. E a diversos níveis: comercial, porque os clientes que falam de crise diminuíram o seu nível de consumo, financeiro, porque os bancos que falam de crise praticamente não emprestam dinheiro, de gestão de pessoas porque as pessoas estão ansiosas e desmoralizadas com as perspetivas futuras… e assim sucessivamente.

As pessoas… é nos seus ombros que a crise tem vindo a colocar o seu «colossal» peso. Por este motivo, elas devem ser a atenção dos decisores empresariais (para não falar dos políticos). Estamos a viver momentos em que o contexto é substancialmente diferente daquele em que a maioria dos manuais foi redigida. As pessoas agora vivem num contexto de ansiedade e de receio quanto ao futuro. E é natural que a crise seja um assunto importante dentro dos seus tópicos de conversa. Mesmo que não se queira é inevitável ouvir, todos os dias, notícias de redução de pessoal ou de falências de empresas. Será portanto natural que esse estado mental tenha repercussões na produtividade. E o gestor deverá saber como lidar com isso.

Em situações de crise é expectável que surjam comportamentos extremos. Assim, é normal dizer-se que a crise evidencia o melhor e o pior das pessoas, e este é um dos aspetos a ter em consideração neste «novo» contexto. Por um lado, o número de pequenos delitos e furto tem tendência para aumentar, devendo as empresas adotar uma postura rígida que estabeleça o padrão de valores pelo qual se regem. Por outro, é importante não perder de vista que as pessoas estão a passar por momentos difíceis e que requerem uma atenção particular.

Neste sentido, é importante desenvolver mecanismos organizacionais que promovam a comunicação ao longo da empresa. A comunicação, quer formal quer informal, poderá ter um papel importante ao permitir que as pessoas exponham os seus problemas e dificuldades, funcionando com uma forma de lidar com a situação. Permite ainda conhecer alguns dos rumores que assolam a organização e que serão muito importantes esclarecer, sobretudo os que dizem respeito ao futuro dos postos de trabalho.

Ao olharmos para o passado, na resolução de uma crise (económica ou não), está sempre a figura do líder. Do ponto de vista empresarial, o líder é igualmente crucial para se ultrapassarem as dificuldades. Uma liderança segura e que transmita confiança é fundamental, tanto hoje, em plena crise, como amanhã, num cenário melhor (esperemos) e onde as pessoas não se irão esquecer a forma como foram tratadas durante a crise.

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