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Independentemente do resultado do referendo sobre a possibilidade da saída da UE por parte do Reino Unido, a primeira conclusão é que será um resultado, para o sim ou para o não, dividido por pequena margem.

Esta realidade, já de si, retrata uma Europa frágil, pouco convicta de si mesma e confusa em termos económicos e sobretudo de cidadania.São quase três dezenas de países cada qual com as seus “individualismos naturais” e só alguns com moeda única europeia e cada qual com a sua política fiscal e legislação próprias.

Nenhuma dúvida haverá de que o Reino Unido está economicamente melhor dentro da UE, pelo pleno acesso ao mercado único por parte das empresas e pela mobilidade do mercado laboral. Já vários prémios Nobel da economia o afirmaram como Arrow (1972), Solow (1987), Mirrlees (1996), Heckman (2000), Akerlof (2001) Maskin (2007), entre mais recentes como Pissarides (2010), Diamond (2010), Tirole (2014) ou Deaton (2015). Neste campo não será preciso ser prémio Nobel, nem sequer economista para  entender os problemas económicos de curto e médio prazo que adviriam de uma saída do Reino Unido da UE. A estas personalidades já se associaram instituições como o FMI, a OCDE ou o próprio presidente dos EUA. 

As consequências já estimadas previam uma desvalorização da libra até 20%, quebras de quase 10% do PIB e taxas de inflação de 5%.

Mas a leitura mais preocupante, independentemente do resultado do referendo, é a falta identificação dos europeus com o projecto da Europa. É a clara consequência da estagnação do projecto político europeu e das suas instituições. Não há europa sem uniformização – legislativa, fiscal, económica e social – só assim haverá cidadania europeia. 

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