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A economia nacional tem vindo a desacelerar desde 2015. De acordo com a informação recente do INE, a variação do PIB no último trimestre de 2015 era de 1,3%, passando para 0,9% no primeiro trimestre de 2016 e 0,8% entre Abril e Junho. No 2º trimestre, o PIB cresceu 0,2% em cadeia e 0,8% em termos homólogos. 

As razões apontadas são claramente a diminuição do investimento (devido à incerteza dos mercados) e a redução da intensidade do consumo. Também na procura externa, verificou-se uma redução das importações, comprovando a menor actividade económica.

Estes valores vêm contrariar as expectativas mais optimistas dos analistas e do governo. Era previsto que as importações registassem uma evolução mais moderada comparativamente ao primeiro trimestre, como veio a acontecer, na medida em que o crescimento no primeiro trimestre traduziu a antecipação de despesas de consumo das famílias (bens duradouros, especialmente), dada a perspectiva de aumento dos impostos sobre alguns destes bens. A procura interna deveria permanecer suportada pelo consumo, mas o facto de a taxa de poupança se encontrar em valores mínimos condiciona a sua expansão.

A variação homóloga do índice de preços no consumidor variou 0,1% de Junho para Julho, sendo que a variação média anual se manteve em 0,6%.

As boas notícias são os números do desemprego, cuja taxa recuou 1,6%, para registar o valor de 10,8%, o que representa 559 mil desempregados, comparativamente a mais de 4,6 milhões de indivíduos empregados. Outra notícia igualmente positiva foi referente à actividade industrial que cresceu acima da média verificada pelos países da Zona Euro.

Em suma, os tempos e mercados são tão incertos que não permitem definir qualquer tendência, mesmo a curto prazo.

artigo publicado no jornal de negócios de 18.08.2016

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