Select Page

Teletrabalho durante o confinamento: estudo ISG analisa Portugal e Brasil

27 de Agosto, 2020

O ISG – Instituto Superior de Gestão, em parceria com a CEUPI, do Brasil, comparou a perceção dos colaboradores portugueses e brasileiros acerca do teletrabalho durante o período de confinamento. As conclusões do estudo permitem identificar alguns padrões.

Nem sempre é fácil para as organizações gerir os colaboradores remotamente, sobretudo no que respeita aos níveis de produtividade e de motivação. Também as experiências mudam em função das características sociodemográficas e do contexto social e profissional em que as pessoas se encontram inseridas.

Para refletir sobre estas questões, a equipa de investigação em Gestão de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional do ISG  (com Casimiro Ramos e Rosa Rodrigues), em parceria com a CEUPI, de Teresinha, no Brasil (com Christiane Carvalho), realizou um estudo que procurou comparar a perceção dos colaboradores portugueses e brasileiros acerca do teletrabalho durante o período de confinamento.

Os padrões encontrados, referem os responsáveis da análise, poderão ajudar os gestores e decisores a refletir sobre as formas de aproveitar as vantagens que esta modalidade laboral apresenta.

O estudo contou com a participação de 339 indivíduos. 60% são portugueses e 40% brasileiros – sendo 55% do sexo feminino – e com idades que variam entre os 18 e os 74 anos, situando-se a maioria na faixa etária dos 26 aos 55 anos. Relativamente às habilitações literárias, verificou-se que mais de 75% dos participantes possui formação superior e que mais de 50% trabalham em empresas privadas de média e grande dimensão.

Com um total de 18 questões, o questionário (realizado entre os dias 22 de abril e 19 de maio), procurou comparar a perceção dos participantes sobre o teletrabalho e o trabalho realizado presencialmente, relativamente aos níveis de produtividade, relacionamento com colegas, chefias e subordinados, nível de despesas e tempo poupado em deslocações para o local de trabalho, motivação e níveis de stress, bem como a conciliação entre o trabalho e a vida familiar.

A análise da equipa de investigação do ISG e da CEUPI constatou que, de um modo geral, as respostas foram muito semelhantes, independentemente da nacionalidade. Vejamos algumas das conclusões:

#A maioria dos participantes declarou ter tido menos despesas semanais, poupando sobretudo nas deslocações para o local de trabalho, tanto em termos monetários, como no tempo gasto;

#Mais de 40% consideram ter trabalhado mais horas na modalidade de teletrabalho do que presencialmente nas empresas, pelo que acreditam terem sido mais produtivos;

#Em termos de comunicação e relacionamento com os colegas, as chefias e os subordinados, mais de 60% respondeu que a mesma não teve qualquer alteração. Apenas 18% considerou que esse aspeto foi pior ou mais difícil;

#Para mais de 50%, a experiência em teletrabalho permitiu planear estrategicamente a execução das suas funções, mas reconheceu que cerca de 40% das tarefas que executam no local de trabalho não são realmente necessárias;

#Em termos psicossociais, mais de 60% considerou que a falta do ambiente social não afetou a produtividade nem causou maior tédio ou desmotivação para iniciar as suas tarefas profissionais. Consideraram até que o seu nível de stress foi menor do que estando no local de trabalho;

#No item relativo à conciliação do trabalho com a vida familiar, a maioria considerou que a experiência em teletrabalho foi igual ou mais fácil, não tendo sido esse um aspeto particularmente impeditivo da produtividade.

#Por último, 50% dos inquiridos declararam que, no futuro, preferiam ter uma modalidade laboral mista, ou seja, 50% do tempo em teletrabalho e os restantes na empresa. Perante estes dados, os investigadores do ISG e da CEUPI salientam que “apesar da crise criada pela COVID-19 ter despoletado situações trágicas a todos os níveis e ter atingido toda a humanidade, contribuiu para quebrar o mito que existia em torno do teletrabalho, nas funções em que o mesmo é possível”. Deste modo, frisam, foi possível constatar que o teletrabalho é

Estudo do ISG em parceria com a CEUPI, do Brasil, no LINK TO LEADERS

Outras Notícias

2025 | 2026

O ISG |Business & Economics School dispõe de um Serviço de Apoio ao Candidato onde podem ser obtidas informações relacionadas com o teu processo de candidatura à Universidade e esclarecer dúvidas acerca das Condições de Acesso/ ingresso e tipologia de candidatura....

Docentes ISG premeados na DSOTT

O Coordenador da Licenciatura em Gestão do Turismo do ISG, Professor Doutor João Caldeira Heitor, em conjunto com a Presidente do CIGEST, Professora Doutora Mariana Marques receberam a distinção de Melhor Paper apresentado no Congresso Científico DSOTT Diversity &...

Conferência “A Inteligência Artificial e o Futuro da Educação”

A Senhora Administradora do Grupo Ensinus, Dra. Teresa Damásio, irá participar na Conferência “A Inteligência Artificial e o Futuro da Educação”, no próximo dia 7 de julho, pelas 18h30, na Sala do Âmbito Cultural do El Corte Inglés, Piso 6, em Lisboa. Esta conversa em...

Diretor do ISG lança novo livro de crónicas na 95ª Feira do Livro

O Senhor Diretor do Instituto Superior de Gestão, Professor Doutor Miguel Varela, esteve na 95ª edição da Feira do Livro, no dia 15 de junho, para fazer o lançamento do seu novo livro de crónicas que reúne todos os artigos de opinião publicados no Jornal de Negócios...

ISG e Município de Setúbal estabelecem parceria estratégica

O Instituto Superior de Gestão e o Município de Setúbal formalizaram uma parceria institucional que visa reforçar a cooperação nas áreas da educação, formação, investigação e extensão universitária, em alinhamento com a missão e os objetivos de ambas as entidades....

“O Segredo não é complicar, é simplificar”

O Jornal Vida Económica convidou o Docente do ISG e Investigador do CIGEST, Professor Doutor Jorge Vasconcellos e Sá, para uma entrevista sobre simplificar problemas reais do quotidiano e torna-los em oportunidades de negócio. Este foi o ponto referencial para abordar...

ISG recebe Fulbright Specialist da Universidade de Houston

O Instituto Superior de Gestão é a instituição anfitriã da Professora Doutora Consuelo Waight, da Universidade de Houston (EUA), através do Programa Fulbright Portugal. Especialista em desenvolvimento executivo de Recursos Humanos, a Professora Doutora Consuelo Waight...