O saber, a ponderação, a maturidade (entre outras) aperfeiçoam-se à medida que as rugas do rosto e do coração se vincam em cada um de nós. Não é por acaso que os cardeais da igreja católica ascendem a esta posição já com uma profícua idade, tal como os mestres das artes e dos ofícios.
O poder deve estar nas mãos dos sábios e dos esclarecidos, para que a construção do conceito humanista se concretize em estreita harmoniza com o meio ambiente. Registamos, ao longo da história, referências públicas de homens e mulheres que nos inspiram. Os grandes estadistas revelam-se, com maior acutilância, em momentos de crise onde o aprofundamento de compromissos assume redobrado esforço e responsabilidade.
Dos governantes, partidos políticos, órgãos de soberania, associações e instituições representativas dos estados aguardam-se respostas e convergências para os desafios presentes e futuros.
Sabemos que sempre foi e é mais fácil criticar do que construir soluções. Porém, no tempo que vivemos, não nos podemos prender a contestações e ficar retidos no impasse ou na inércia. A tentação da maledicência, a instigação à desobediência institucional e profissional, minam a confiança social. O antídoto para estes fenómenos sociais e políticos continua a centrar-se no papel e na função da educação, enquanto estrutura de formação individual e coletiva.
A educação, enquanto matéria que constitui a edificação interior de cada um de nós, assume-se como uma ferramenta de afirmação e defesa dos valores democráticos.
O mundo necessita de recolocar a educação no pódio das prioridades de atuação e investimento humano (por parte de todos os países), visando a construção de uma nova sociedade (global) que assuma, real e concretamente, a importância e a dignidade da pessoa.
A escola, o ensino e a educação são e serão, como Aristóteles e Platão escreveram há milhares de anos, a chave para uma sociedade em que a economia seja um elemento da gestão do Homem e não a gestão como um fator condicionador da existência humana.