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Burnout: o flagelo da atualidade

9 de Novembro, 2020

O ser humano dedica a maior parte da sua existência ao trabalho, porque a atividade profissional representa um dos aspetos mais relevantes da sua vida, não apenas pela quantidade de tempo a ela consagrada, mas particularmente pelo significado psicossocial da mesma.

A forma intensa como atualmente se vive o trabalho, aliada à multiplicidade de fatores indutores de stress em contexto laboral, têm consequências nefastas para o indivíduo e se a sua exposição aos mesmos for continuada pode conduzir a estados de burnout.

A síndrome de burnout surge de forma insidiosa e pode levar à incapacidade total para o trabalho e a um sentimento de vazio que afeta cada pessoa na sua qualidade de vida e nas relações interpessoais e profissionais, manifestando-se através da exaustão emocional, despersonalização e reduzida realização profissional.

A exaustão emocional é a dimensão central do burnout e caracteriza-se pelo desgaste, perda de energia, fadiga e falta de entusiasmo nas atividades laborais, porque a pessoa deixa de conseguir dar o seu melhor e sente-se emocionalmente esgotada. É, ainda, marcada pela frustração e tensão entre os colegas, que leva a um misto de agressividade depressiva, manifestações neurovegetativas e a sensação de impotência perante si próprio e os outros.

A despersonalização, por sua vez, diz respeito aos sentimentos, atitudes e respostas negativas que geralmente são acompanhadas de irritação e falta de motivação que conduzem a um isolamento progressivo.

Por último, a perda da realização profissional diz respeito aos sentimentos de auto-desvalorização em que a pessoa se considera incapaz de realizar qualquer atividade profissional, apresentando uma baixa autoestima e uma grande incapacidade para suportar a pressão.

Os sintomas ligados ao burnout dividem-se em três categorias:

  • Sintomas físicos, que incluem a insónia, dores de costas, falta de energia, fadiga crónica, tensão muscular, distúrbios de sono, enxaquecas, náuseas, gastrite e úlceras;
  • Sintomas psicológicos, que englobam a depressão, ansiedade, obsessões, fobias, ideias suicidas, ideias paranoicas e o cinismo;
  • Sintomas comportamentais, que abarcam a irritabilidade, conflitos interpessoais, críticas excessivas aos colegas, falta de vontade de trabalhar, comportamentos aditivos (álcool e drogas), absentismo e retirada precoce do trabalho.
    A sintomatologia do burnout não traz consequências prejudiciais apenas para o indivíduo que dela padece, porque a diminuição da qualidade do trabalho executado, as constantes faltas e as atitudes negativas para com os colegas acabam por atingir toda a organização.

Neste âmbito, cabe aos gestores, particularmente aos responsáveis pela gestão de pessoas, delinear práticas de Gestão de Recursos Humanos (GHR) consistentes entre si e adaptadas aos diferentes colaboradores de forma a promover o envolvimento organizacional e comprometimento afetivo à organização.

Verifica-se assim, que um dos maiores desafios da GRH é, precisamente, a humanização do trabalho porque as pessoas não pretendem apenas um trabalho que lhes garanta a sobrevivência. Acima de tudo, procuram satisfazer as suas expetativas profissionais, desfrutar do seu trabalho e sentir-se bem no exercício das suas funções.

As organizações que empregam adequadamente as práticas de GRH fortalecem o vínculo organizacional e contribuem para um maior bem-estar dos seus colaboradores e consequentemente para melhores resultados organizacionais.

Deste modo, é fundamental implementar estratégias preventivas face ao burnout, nomeadamente: alterações (exequíveis) ao método de trabalho, flexibilização de horários, diversidade de tarefas, negociação de objetivos, aumento do suporte social percebido e ainda o incremento do trabalho de equipa.

Professora Doutora Rosa Rodrigues, docente do ISG, para a LINK TO LEADERS

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