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A educação como fonte de liberdade religiosa

A educação como fonte de liberdade religiosa

Vivemos num mundo cada vez mais dominado pela imposição de uma monocultura em que a tolerância e o respeito têm-se esgotado em si mesmos. Queremos que todas e todos sejam iguais e se subjuguem às forças políticas e religiosas de cada Nação, não existindo respeito pelas liberdades individuais.

Com a ascensão de fenómenos totalitaristas e guerras ‘jihadistas’ percebemos que os dados científicos e estatísticos evidenciam como a liberdade religiosa está a ser ameaçada diariamente, um pouco por todo o mundo. Enquanto líder de diferentes Instituições de Ensino no Continente Europeu e Africano, acredito, profundamente, que a compreensão entre os povos nasce, antes de tudo, através da Educação.

O “Relatório da Liberdade Religiosa no Mundo 2025” expõe uma realidade alarmante: a liberdade religiosa está em declínio em praticamente todos os continentes.

Em Moçambique, por exemplo, os ataques terroristas têm crescido, especialmente na região de Cabo Delgado e no extremo norte do país, onde milhares de Cristãos e Animistas foram mortos e mais de um milhão de pessoas foram deslocadas nos últimos cinco anos. Igrejas queimadas e Comunidades inteiras destruídas.

Esta crise, como tantas outras, é antes de tudo uma crise de valores. É urgente compreender que a religião deve ser um elo de união e de força, não uma arma de dominação e de opressão.

A liberdade religiosa é um Direito Humano Universal, consagrado no Artigo 18.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos e deve ser protegida com a mesma veemência com que defendemos a liberdade de expressão ou de pensamento.

Mas afinal, o que é a liberdade religiosa? “compreende a liberdade de mudar de religião ou de crença, assim como a liberdade de manifestar a sua religião ou crença, individualmente ou em comunidade, tanto em público como em privado, pela prática, pelo culto e pelos ritos”1 (AIS, 2025).

No ano de 2021, o mesmo Relatório, colocava na linha vermelha cerca de 26 países considerando-os intolerantes no que concerne a esta liberdade que trago para discussão neste meu artigo.

Preocupante é que quando analisamos o mesmo Relatório, quatro anos depois, e nos apercebemos de que este número aumentou para os 62 países, destes, 24 são considerados como “perseguição” e 38 como “discriminação”. A verdade é que este fenómeno tem impacto na vida de mais de 5 mil milhões de pessoas.

Em 31 países a liberdade religiosa não é garantida por lei e em 34 países as pessoas não estão autorizadas a mudar de religião. Mas, podemos continuar a comprovar como a intolerância religiosa tem aumentado cada vez mais e se tem assistido a uma incitação do ódio contra minorias religiosas através das redes sociais em alguns países. A utilização da Inteligência Artificial (IA) tem contribuído para aumentar ainda mais esta guerra e os discursos, conforme expresso pelo mesmo Relatório.

Mas, voltando a Moçambique e reforçando a frase icónica de Samora Machel, cito: “é necessário fazer da escola uma base para o povo tomar o poder”. E é exatamente isso em que acredito: a escola é o alicerce da liberdade, da cidadania e da paz. Quando negamos o acesso à educação, condenamos as Sociedades ao medo, à manipulação, à intolerância e ao falhanço.

O caso de Moçambique, como o do Paquistão, o Afeganistão, o Sudão, o Burkini Faso, em Nicarágua, entre outros, são exemplos dos crimes hediondos que são cometidos contra as mulheres, vítimas de abusos, conversões e casamentos forçados, mostrando que a vulnerabilidade é ainda mais pesada quando o género e a religião se cruzam.

Nenhuma criança deve ser privada da sua infância ou do seu futuro em nome de qualquer crença religiosa. Para mim, é inconcebível, enquanto mulher, e assumidamente defensora dos Direitos das Mulheres e da Igualdade de Género, que situações como estas ainda possam prolongar-se no tempo.

Não podemos continuar a assistir passivamente ao crescimento dos fundamentalismos.

É tempo de investir com coragem numa educação que emancipa, que ensina a pensar e que humaniza. Quando educamos, libertamos; Quando libertamos, aproximamo-nos da paz.

Ser livre não deve ser um privilégio. Deve ser um Direito de todos os Povos.

Cabe-nos a nós, enquanto cidadãos, assegurar que este Direito nunca se desvaneça com discursos e práticas que incitam uma subversão dos ideais previstos e proclamados na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Dra. Teresa Damásio, Administradora do Grupo Ensinus para a Link to Leaders

ISG recebeu Projeto HigherED4Industry

ISG recebeu Projeto HigherED4Industry

O Instituto Superior de Gestão recebe o Projeto Europeu HigherED4Industry, um projeto que reúne especialistas para debater novos modelos de colaboração entre a Indústria e a Academia, durante os dias 28 e 29 de outubro.

Esta edição teve como tema base dos trabalhos, “Industry and Academia: Promoting Hybrid Careers in Higher Education” e contou com a presença da Senhora Administradora do Grupo Ensinus, Dra. Teresa Damásio, o Senhor Diretor do ISG, Professor Doutor Vítor Escária e o Vice-Presidente da EFEE, Dr. Rodrigo Queiroz e Mello na Sessão de Abertura.

Com o empenho contínuo do ISG e do Grupo Ensinus na formulação de políticas públicas europeias no domínio do ensino e do conhecimento, este encontro destaca os caminhos e os benefícios das carreiras híbridas no ensino superior, promovendo a integração de profissionais com experiência empresarial nas instituições académicas.

O ISG permanece comprometido com a inovação, a excelência académica e a promoção de políticas transformadoras que reforçam o papel do ensino superior como motor de progresso económico e social.

ISG recebe HigherED4Industry

ISG recebe HigherED4Industry

O Instituto Superior de Gestão irá acolher o Higher ED4Industry, nos próximos dias 28 e 29 de outubro.

A primeira sessão do evento contará com a participação da Senhora Administradora do Grupo Ensinus, Dra. Teresa Damásio, e do Senhor Diretor do ISG, Professor Doutor Vítor Escária.

O HigherED4Industry procura a competitividade sustentável na dupla transição através da aquisição de pessoal do Ensino Superior, ou seja, a colaboração entre o meio académico e a indústria ou as carreiras híbridas, que apoiam profissionais experientes no acesso às profissões de ensino e investigação no Ensino Superior na Europa.

Conheça o programa aqui.

Estudantes de Gestão do Turismo em visita técnica ao Hotel Valverde

Estudantes de Gestão do Turismo em visita técnica ao Hotel Valverde

As estudantes da Licenciatura em Gestão do Turismo visitaram o Hotel Valverde, no dia 14 de outubro, no âmbito da Unidade Curricular de Marketing Turístico, lecionada pela Professora Doutora Mariana Marques, na Avenida da Liberdade.

Esta visita técnica permitiu conhecer o hotel, compreender os cuidados existentes no acolhimento, acompanhamento e fidelização do cliente, bem como conhecer alguns dos procedimentos existentes que garantem a qualidade do serviço prestado. Tiveram ainda a oportunidade de visitar um quarto e uma suite do hotel.

ISG no XIV Encontro Nacional de Provedores do Estudante

ISG no XIV Encontro Nacional de Provedores do Estudante

O Instituto Superior de Gestão esteve presente no XIV Encontro Nacional de Provedores do Estudante, nos dias 16 e 17 de outubro 2025, na Universidade dos Açores.

A Provedora do Estudante do ISG, Professora Doutora Rosa Rodrigues está nesta nova edição que tem como tema: “O bem-estar do estudante no ensino superior” e como objetivo partilhar experiências e refletir sobre o presente e o futuro da figura do provedor do estudante.