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A comunidade científica tem que se vulgarizar

18 de Outubro, 2021

Quando pensamos na Ciência achamos que só uma elite é que pode e deve ter acesso a esta quando é precisamente o oposto.

A comunidade científica tem vindo a crescer. Há programas escolares e académicos que têm promovido a massificação da cultura científica através do envolvimento de toda a comunidade. Desde o ensino básico que temos as aprendizagens gizadas em torno da difusão de diferentes áreas que visam estimular a inovação, a criatividade e o pensamento crítico. Mas, é quando chegamos ao ensino superior que encontramos mais obstáculos a superar.

A priori não deveria ser assim. A existência de programas de graduação, de mestrado e de doutoramento deveria tornar tudo mais simples e as atividades de investigação deveriam ser populares e de fácil acesso. No entanto, os dados dizem-nos que não é assim e apesar da existência da Fundação para a Ciência e Tecnologia,entre outras das quais destaco a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação Champalimaud que visa precisamente apoiar os investigadores os números de mestres e doutores ainda não estão em linha com o resto da União Europeia e muito menos com os dos Estados Unidos e do Japão.

A nível europeu existem diversas organizações como o European Research Council que fomenta a educação e a cultura científica europeia, mas mesmo assim o número de investigadores portugueses envolvidos não é satisfatório.

É certo que tem sido feito um esforço enorme através de instrumentos como a Plataforma Ciência Viate, entre outros, que visa uma gestão eficaz do curriculum científico, mas mesmo assim ainda não conseguimos massificar a educação e a cultura científica.

É preciso ir mais além e reformular a forma como se pensa o ensino superior e a ligação que existe entre a instituição de ensino e as atividades de investigação que devem começar a ser promovidas desde o primeiro dia de aulas na universidade de forma transversal em todas as áreas científicas. É essencial ter presente que a investigação não é um exclusivo das científicas exatas e que todos podem e devem participar em atividades de educação e cultura cientifica.

Se este propósito for assumido pela sociedade no seu todo, conseguiremos que a ciência fique ao alcance de todos e que o trabalho que é iniciado no ensino básico e secundário tenha continuidade no ensino superior.

Dra. Teresa do Rosário Damásio, Administradora do Grupo Ensinus para a Link to Leaders

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