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A Arte de Saber (Re)Começar

2 de Dezembro, 2024

Estamos em contagem decrescente para os últimos dias do ano e nesta fase gosto sempre de fazer uma retrospetiva sobre o meu ano e definir novos objetivos para o que se aproxima. Não só definir novas metas, como tendencialmente reformular algumas daquelas que tinha pensado inicialmente, mas que por este ou aquele motivo acabaram por não se concretizar na sua totalidade, tal como tinha idealizado.

Quando olhamos para aquilo que fizemos ao longo de todo o ano percebemos que por mais pequenos os passos que demos, todos eles contribuíram, de alguma forma, para atingir o fim a que nos propusemos, mesmo que ainda não tenhamos alcançado exatamente o desejável. Estamos sempre à espera do momento, aquele momento que geralmente é o culminar de muitos momentos que nos levam ao objetivo final. Mas aquilo que devemos fazer e que tento colocar em prática no meu dia a dia é desfrutar de todo o caminho. Todos os pequenos momentos são “o momento”!

Este ano posso considerar que tive um grande momento. O lançamento do meu primeiro livro “O Estado das Coisas”, que resulta de um trabalho de vários anos. Tenho partilhado com os leitores vários artigos sobre as minhas opiniões e vivências nas áreas das quais desempenho funções. Finalmente, surgiu a oportunidade certa para lançar uma compilação desses meus textos que nos ajudam a refletir sobre diferentes temáticas. O livro era um objetivo, mas todos os momentos até chegar a ele foram e são importantes.

Por falar em momentos, temos ao longo do último ano experienciado muitos, que são importantes refletirmos. A mais recente eleição de Donald Trump nos Estados Unidos da América, que por coincidência, ou não, o seu resultado é o culminar de um aproveitamento de muitos momentos. A sua eleição vem trazer novos desafios para todos os países do mundo. Estamos perante um novo Presidente que pensa primeiro nos seus direitos e pouco nos seus deveres. O “outro” deixa de ter importância para sobrepor-se ao “eu”. Com toda a certeza terá impactos epidémicos por toda a economia mundial. Temos de estar preparados, cada vez mais para enfrentar um futuro frágil.

Um futuro que tem impactos nos direitos das mulheres que este ano foram menorizadas e condenadas a verdadeiras atrocidades contra a sua integridade física e moral no Afeganistão. A legislação referente ao “vício” e à “virtude” que vem limitar as suas liberdades individuais como resultado de uma série de leis que as obriga a silenciar em espaço público e na sua própria casa. Foi também suspensa da educação superior feminina, algo absolutamente condenável para alguém que trabalha em educação e é mulher. Estas são situações intoleráveis e alarmantes.

Existe uma certa normatização por parte da Comunidade Internacional no que diz respeito às leis que são proclamadas pelos talibã, tendo revelado uma certa inércia contra situações como estas. É preciso intervir de forma perentória e condenar ações hediondas que colocam em causa os Direitos Humanos. Toda a Comunidade Internacional está a falhar, todos, sem exceção! A política e as relações bilaterais e multilaterais estão a falhar displicentemente. É altura de repensar e agir!

Outro dos desafios que as sociedades contemporâneas enfrentam é a crise habitacional vivenciada em vários países, nomeadamente em Portugal. Como tal, as autarquias locais e as políticas públicas desempenham um papel fulcral na inovação e na criação de novas oportunidades que podem conceder aos cidadãos permitindo-lhes (re)começar novas vidas. Por isso, não poderia deixar de parabenizar, na qualidade de presidente da Assembleia da Junta de Freguesia de Benfica, pelos resultados alcançados em mais um ano, ressalvando o seu papel em minimizar os impactos deste flagelo habitacional. Já foram atribuídas parte das 272 casas recuperadas no âmbito do concurso do programa de arrendamento acessível (PRA), que resulta da candidatura da freguesia a fundos europeus que visam o Apoio ao Acesso à Habitação, do PRR (Programa de Recuperação e Resiliência).

Esta atribuição veio permitir trazer mais fregueses ao bairro de Benfica e contribuir para dar um (re)começo a tantas famílias. Lembro-me de uma das casas que foi atribuída, da qual tive o prazer de entregar a chave, ter sido a uma recém-licenciada que estava de saída de Portugal em busca de um novo começo para a sua vida. Esta casa foi mais do que um novo espaço para viver foi uma oportunidade que a Junta deu a esta rapariga de (re)começar no seu país e, simultaneamente, uma oportunidade ao nosso país de reter talento jovem e qualificado.

A vida é feita de recomeços e de novas oportunidades e nós somos responsáveis pelo caminho que decidimos e por aproveitar cada momento. Por isso, desejo que o próximo ano seja de muitos (re)começos. Cada ano é uma arte de saber (re)começar!

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