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Sustentabilidade e qualidade no turismo

Sustentabilidade e qualidade no turismo

Com o exponencial crescimento da actividade turística nas últimas décadas, que causa efeitos nefastos nos destinos, com particular incidência no património erigido e natural, a Organização Mundial do Turismo e os governos têm-se debruçado sobre a problemática da sustentabilidade do turismo versus sustentabilidade ambiental.

No seguimento do plano de retoma Reactivar o Turismo | Construir o Futuro, e alinhado com os objectivos da Estratégia Turismo 2027, o governo português apresentou (e bem) o Plano Turismo +Sustentável 20-23, com o propósito de “intensificar o objectivo da sustentabilidade na actividade turística; a reeducação para uma restauração circular e sustentável; o desenvolvimento de práticas para uma economia circular; a neutralidade carbónica nos empreendimentos turísticos; a construção sustentável em empreendimentos turísticos; a eficiência hídrica nos campos de golfe em Portugal; e a redução do plástico na hotelaria”.

Reconhecemos a pertinência dos objectivos e “a importância de Portugal reforçar o seu posicionamento e competitividade enquanto destino turístico sustentável e seguro, a par das novas directrizes e orientações nacionais e comunitárias, no âmbito da economia circular e da sustentabilidade ambiental”.

Os eixos estratégicos definidos em torno da estruturação de uma oferta turística sustentável, a qualificação dos agentes do sector, a promoção de Portugal como um destino sustentável e a monitorização do desempenho do sector para a sustentabilidade estão alinhados com o plano.

Presentemente, encontramo-nos em plena recuperação da actividade turística após os picos da pandemia de covid-19, com a maioria das empresas do sector a procurarem lucros que minimizem as perdas dos últimos dois anos. Já os turistas (na sua maioria) ávidos de experiências turísticas procuram reconquistar o tempo perdido e “consumir vivências”.

Nesse sentido, presentemente, a questão da sustentabilidade ambiental/turística não se apresenta como uma prioridade tanto para o lado da oferta como para o lado da procura. Talvez daqui a um ano, com as empresas capitalizadas, esta temática regresse à linha da frente.

Nesta retoma, além da componente económica e da oferta turística, a questão da qualidade volta a assumir-se como um elemento diferenciador. A qualidade dos serviços e dos produtos turísticos e o respeito da capacidade de carga dos destinos continuam a ser pilares basilares para o reconhecimento do valor do turismo nacional.

Não é através de um decreto ou de um plano de acção que promovemos a qualidade. Ela deve estar presente nos princípios e nos objectivos das empresas turísticas mas, concomitantemente, nos serviços aeroportuários, nas empresas de transporte, na restauração, nos espaços museológicos…

A qualidade não deve ser o objectivo, mas sim a prática. O elemento distintivo e diferenciador que permitirá ao nosso país consolidar o mercado e tornar-se um destino com chancela qualitativa. Proporcionando experiências e vivências de qualidade (nos serviços e nas estruturas), facilmente alcançaremos os objectivos inerentes à sustentabilidade da actividade turística, com capacidade de acção, compreensão, exigência e objectividade.

Professor Doutor João Caldeira Heitor, Secretário Geral do ISG, Coordenador da Licenciatura em Gestão do Turismo, para o NOVO Semanário

ISG e Município de Albufeira celebram protocolo

ISG e Município de Albufeira celebram protocolo

O Instituto Superior de Gestão e o Município de Albufeira celebraram um protocolo, no âmbito da missão e dos objetivos das respetivas organizações, com foco nas atividades educativas, formativas, trabalhos de investigação e atividades científicas de extensão universitária.

ISG e Sofitel Lisbon Liberdade assinam protocolo de colaboração

ISG e Sofitel Lisbon Liberdade assinam protocolo de colaboração

O Instituto Superior de Gestão e o Sofitel Lisbon Liberdade assinaram um protocolo de colaboração com o objetivo de potenciar a gestão do capital académico em estreita articulação com a gestão do capital humano desta unidade de excelência, prestígio e qualidade na hotelaria nacional, que integra o Grupo Sofitel Hotels & Resorts.

As duas organizações comprometem-se a dirigir ações conjuntas em torno da investigação e da formação nas áreas da gestão, da hotelaria, do turismo e da comunicação.

Seminário “Desenvolvimento Pessoal”

Seminário “Desenvolvimento Pessoal”

O Instituto Superior de Gestão promove no próximo dia 9 de junho, pelas 19 horas, o seminário: “Desenvolvimento Pessoal”, no âmbito da Pós-Graduação em Coaching Executivo e Liderança de Alta Performance.

O Prof. Jaime Ferreira da Silva, Presidente do Conselho de Especialidade de Psicologia do Trabalho, Social e das Organizações da Ordem dos Psicólogos, irá ministrar a sessão em exclusivo para os nossos estudantes.

Não perca a oportunidade de se inscrever para a 2ª edição desta Pós-Graduação, acreditada pela Ordem dos Psicólogos, com data prevista de início para dia 19 de outubro 2022.

As candidaturas já estão abertas!
https://www.isg.pt/pg-em-coaching-executivo-e-lideranca-de-alta-performance/

A sua empresa é um cavalo ou um unicórnio?

A sua empresa é um cavalo ou um unicórnio?

Um unicórnio também conhecido por licórnio ou licorne é uma criatura mitológica, cujo nome vem do latim e significa literalmente “um único chifre“ em espiral no centro da cabeça. Além desta caraterística, é representado como um cavalo branco, com cor intensa e rabo de leão.

Todas as lendas o tomam como mágico, que pode voar e desaparecer graças ao poder que se concentra no chifre. Valentia, força, bondade, pureza e inocência são as caraterísticas mais associadas ao unicórnio.

O caráter único e raro do unicórnio fez com que a expressão e o conceito se transferissem para o mundo empresarial.

Foi a fundadora da Cowboy Ventures, Aileen Lee em 2013 que utilizou pela primeira vez o termo “unicórnio” no artigo “Welcome to the unicorn club: learning from billion-dollar startups”. De acordo com Lee, empresas unicórnio são empresas tecnológicas que atingiam o valor de 1 bilhão de dólares (mil milhões de euros) sem estarem cotadas na Bolsa e cujos negócios têm o foco normalmente no consumidor e não em serviços ou produtos para empresas.

Tal como na mitologia, também no contexto empresarial a raridade dessas empresas em negócios emergentes no mercado faz delas sobreviventes em negócios emergentes no mercado.

As características normalmente atribuídas às startup unicórnio são:

▪Inovação, revolucionar o modelo de negócio arriscando novas oportunidades de negócio. Como afirma metaforicamente Ana Pimentel, no livro Unicórnios Portugueses, “Um unicórnio é um cocktail de dinheiro, inovação, métricas, potencial e risco. A servir de base a este copo, está uma promessa: a de mudar um mercado, um hábito de consumo ou comportamental, a forma como se presta um serviço e, no limite, o mundo”.

▪Posição de vantagem por via do pioneirismo e da inovação em produtos e serviços disruptivos.

Investimento em tecnologia, o ecossistema de inovação de startups abrange os setores das fintechs e martechs, as quais representam uma significativa parte do capital de risco destinado a estas startups.

▪Foco no cliente através de criação de produtos, ferramentas e funcionalidades que vão ao encontro das suas necessidades. Trata-se de canalizar a dor do cliente e desenvolver um meio de resolvê-la da melhor forma possível.

▪Diversidade, na medida em que uma das forças para gerar ideias disruptivas, criativas e inclusivas é contar com diferentes perfis de profissionais, promovendo ambientes multiculturais e multidisciplinares.

As startups que buscam inovação devem estar numa posição de vantagem em relação às suas concorrentes antecipando tendências, ser pioneira no ramo e atuar sempre inovando e aprimorando o produto com vista à criação e à proposta de valor para o cliente.

Não estando cotadas em bolsa, as empresas unicórnios recorrem a rondas de financiamento a investidores privados que acreditem no potencial da empresa.

Cada ronda de investimento além de arrecadar financiamentos cada vez maiores com a contrapartida de uma participação percentual no capital da empresa vai sendo sucessivamente mais exigente não só em termos do capital arrecadado mas também pelo potencial medido pela escala global em que insere. O capital de risco é o grande financiador destas empresas dado que o seu grande potencial de mercado a longo prazo implica também maior risco.

No inicio de vida todas as empresas são idênticas, prevalece a energia, a ambição e as ideias, mas á medida que o tempo passa instala-se a burocracia e as ideias deixam de ser uma prioridade, prevalece uma visão interna em detrimento de uma visão para o exterior, para o cliente, para a inovação numa ótica de escala global, afastando deste modo o interesse de financiadores e do capital de risco cujo interesse é avaliado com base no seu potencial e nas suas oportunidades de conquistar mercado.

Tal como os unicórnios, animais raros, também as “empresas unicórnio” são raras na medida em que apesar das ideias disruptivas que possam apresentar, têm sucesso quase por magia.

Cabe ao empreendedor escolher o seu caminho, ser mais uma empresa ou fazer a diferença, ser um cavalo “cansado ou um “unicórnio” aumentando visibilidade e o número de investidores para o país.

Professor Doutor António Rodrigues, Coordenador da Pós-Graduação em Gestão Financeira para a Executive DIGEST

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