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Os eucaliptos, a dívida e visão estratégica

Os eucaliptos, a dívida e visão estratégica

Os eucaliptos, a dívida e visão estratégica

Uma e outra realidade, distintas na sua génese, têm em comum a maior das barbaridades praticadas pelos nossos governantes dos últimos 40 anos: a total ausência de políticas estruturais e falta de visão estratégica de longo prazo.

Se no que se refere a uma das nossas maiores riquezas, a floresta, a sua reforma continua a ser uma miragem, agora o eucalipto tornou-se o “bode expiatório” da incompetência e da falta de vontade e visão política. Além de o eucalipto ter um papel importante na economia nacional, com as temperaturas verificadas, também os pinheiros ou outras árvores arderiam nos incêndios. Como a maior mancha florestal nacional é eucaliptal, toca a culpar as “maiorias”.

Agora que os índices de confiança aumentaram, disparou o consumo e o investimento, baixou a poupança e aumentou a dívida pública e privada. Mais uma vez continua-se a governar para a conjuntura sem preocupações estruturais. Para quando um programa de governo com uma visão de longo prazo e propostas concretas de criação de valor? Até lá vamo-nos enganando com os indicadores. Portugal está doente, mas vai enganando a febre com aspirinas.

Os dados do IGCP sobre a evolução da dívida pública mostram os seguintes indicadores em mil milhões de euros (ver tabela).

Em maio de 2017, de acordo com o boletim de julho, o valor da dívida já é de 228.060 mil milhões de euros. Este valor vai crescendo exponencialmente e no período de 10 anos, entre 2010 e 2020 poderá quase praticamente duplicar!

Apesar de nos últimos 12 meses, desde junho de 2016, a receita fiscal ter vindo a aumentar em cerca de 0,7% (276 milhões de euros) face ao período homólogo, a verdade é que a despesa aumentou 2,9% (1.426 milhões de euros). A despesa foi de 50.206 milhões, das quais despesa corrente primária: 42.911 milhões (+1,513€; +3,7%), despesa de capital: 1.681€ (+396M€; +30,8%) e despesas com juros: 7.295 milhões (-87M€; – 1,2%). O total da receita foi de 43.753 milhões que está longe dos 50.206 milhões de despesa. Certo é que os juros baixaram, mas as despesas ultrapassam anualmente os 7.295 milhões de euros, ou seja, 20,26 milhões de euros/dia só em juros…

Num período histórico de taxas de juro negativas com base nas Euribor, os bancos remuneram os depósitos a prazo a taxas anuais médias de 0,5%. Curiosamente o Estado, através dos certificados do Tesouro, apresenta taxas médias anuais de 2,25%, potencialmente acrescidas de bónus de acordo com o crescimento real do PIB. Talvez por isso, apesar da concorrência desleal à banca, só em maio foram subscritos 314 M€ de certificados do Tesouro. Cerca de 12% da dívida é detida por particulares via certificados de aforro e certificados do Tesouro.

Só com visão estratégica para Portugal e consequentes políticas de longo prazo se resolvem problemas estruturais. Sejam incêndios (reforma florestal), sejam dívidas (reforma do Estado). Talvez seja primeiro necessário reformar a classe política nacional.

Director do ISG – Business& Economics School

Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico

http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/miguel-varela/detalhe/os-eucaliptos-a-divida-e-visao-estrategica?ref=HP_Destaqueopiniao4

Empreender a internacionalizar

Empreender a internacionalizar

Empreender a internacionalizar

Internacionalizar tem como consequência imediata provocar uma alteração na forma como interpretamos o mundo.

Ao pesquisarmos o respetivo significado no dicionário(1) verificamos que quer dizer “1.tornar internacional. 2.espalhar por várias nações” e que a conjugação(2) do verbo envolve movimento, impõe o ir e o vir e pressupõe a mudança.

Empreender a internacionalizar implica a mobilização individual para a realização desta transformação que irá dar início a uma reação em cadeia. Para que isso suceda é preciso que o sujeito tenha as competências e a vontade necessária para poder ser bem sucedido.  

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Empreender a internacionalizar

“Agora Portugal leva tudo à frente”

Os portugueses têm sido os primeiros a experimentar esta sensação de que agora Portugal leva tudo à frente. Depois de vários anos agrilhoados na tristeza e conformados com a inevitabilidade de que aos portugueses nada era permitido.

 

 

 

A vitória no euro(1). A vitória na Eurovisão(2). A vitória na Taça do Mundo de Pares de Ginástica Acrobática(3). O Santo Padre visita Fátima e canoniza Jacinta e Francisco. A indicação de António Guterres para secretário-geral das Nações Unidas, no processo mais transparente de sempre(4).

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Acesso ao ensino superior – universitário ou politécnico

Acesso ao ensino superior – universitário ou politécnico

O sistema dual português no ensino superior, dividido entre politécnico e universitário, gera muitas dúvidas aos estudantes.

O ensino universitário, tradicionalmente ligado ao saber pensar e atualmente, muito por influência anglo-saxónica, ligado à investigação científica, é frequentado por 66% dos cerca dos atuais 356 mil estudantes do ensino superior. O ensino politécnico, tradicionalmente ligado ao saber-fazer e à aplicabilidade do conhecimento, é frequentado pelos restantes 34%. Nos últimos dez anos, esta proporção não teve variabilidade significativa.

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Empreender a internacionalizar

Warsaw Calling

 

“Tive a oportunidade de explicar que em Portugal estamos a dar passos de gigante em direção à escola moderna.”

 

“O Armia Krajowa [1] – Exército da Resistência Polaca durante a 2ªGuerra Mundial – teve uma importância determinante na Batalha de Varsóvia de 1939, bem como, durante a ocupação nazi, e ocupa um lugar importante no imaginário dos polacos como tive oportunidade de verificar a semana passada quando estive em Roma a participar na Conferência Anual da ECNAIS “Modern soft skills in value based school programmes. The independent schools’ response to the challenge of improving the social and economic future of young people [2]”.

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Os eucaliptos, a dívida e visão estratégica

Expectativas racionais?

A universidade ensina a questionar. O seu papel nunca foi tão importante como na conjuntura atual do mundo, repleta de grandes interrogações e incertezas.

Além das grandes questões filosóficas que se levantam sobre os modelos sociais ocidentais e sua sustentabilidade, a globalização veio reformular os padrões económicos clássicos. Além disso, sobressaem problemas de segurança, não só derivados do terrorismo, mas de novas tensões geopolíticas, como no Médio Oriente, entre sírios, russos e americanos, ou na Coreia do Norte, entre americanos, coreanos e chineses. Novos e velhos radicalismos políticos e religiosos emergem.

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