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A liderança ética: perceção e impacto comparativo em funções comerciais

A liderança ética: perceção e impacto comparativo em funções comerciais

Segundo o GLOBE (Global Leadership and Organizational Behavior Effectiveness, 2004, p.15), a liderança pode ser entendida como a aptidão de uma pessoa para influenciar, encorajar e qualificar outros a colaborarem para a eficácia e êxito das entidades de que pertencem.

Assim, pode ser vista como uma competência que faz parte da personalidade de alguém, sendo, por isso, natural e uma característica pessoal (um “dom”) ou pode até mesmo ser adquirida. Um verdadeiro líder orienta, alcança as metas de modo leve, justo e eficaz, sem afetar o lado psicológico dos que trabalham junto a ele. Os líderes têm um projeto de futuro visto como relevante e ambicionável, assim como a confiança para o concretizar, sendo um exemplo para os seus seguidores. É o meio que permite criar ligações humanas saudáveis e é o ponto de partida para se alcançarem as metas fixadas.

A ética, enquanto área da filosofia, tem como alvo de estudo os juízos que guiam a moral apresentando-se, assim, como uma reflexão filosófica a respeito da moral. Posto isto, a principal diferença existente entre estas mencionadas anteriormente é que a moral refere-se às condutas específicas de pessoas, bem como de grupos e, por sua vez, a ética tende para os princípios globais que dominam o bem coletivo e a relação entre as pessoas de forma geral (Menezes, s.d.).

Segundo a NP 4460 [norma portuguesa], a ética tem implicação direta na agilidade dos negócios e trata o sistema de valores que guia o comportamento organizacional e das pessoas que constituem qualquer tipo de organizações (seja com ou sem fins lucrativos), com a finalidade de praticar uma ação totalmente apropriada e consciente face às expectativas das suas partes interessadas.

Para Ferreira e Dias (2005), a palavra ética está ligada a princípios como educação, formação humana, estabilidade e uniformidade de ações das pessoas, performance e comportamento na entidade a nível de relacionamento.

A ética, na esfera empresarial, presume o conjunto de princípios morais e valores que orientam os processos de tomada de decisão, a partir dos direitos e deveres, admitidos do ponto de vista social, na escolha de certa conduta. Estes direitos e deveres aceites socialmente, tanto podem ser a nível pessoal como a nível geral. As organizações vistas como éticas, apresentam uma ação classificada como responsável a nível global e as políticas existentes confirmam-se em harmonia com a moral praticada, acabando por entregar assim, antecipadamente à ponderação/reflexão ética, cada atuação e estratégia ocorridas de modo a ficarem reconhecidas do ponto de vista social. (Brown, Treviño, & Harrison, 2005; Clegg, Kornberger & Rhodes, 2007).

Associado a estes conceitos, surge um outro: liderança ética. Ao longo do tempo, a liderança ética está a ganhar notoriedade e a despertar o interesse na comunidade científica, pois o efeito que os líderes podem vir a ter no comportamento dos seus colaboradores é seriamente significativo para um bom desempenho de qualquer entidade (Hoogh & Hartog, 2008).

De acordo com Brown e colegas (2005), este tipo de liderança consiste na manifestação de comportamentos regulamentados adequados por intermédio de ações pessoais e relações entre duas ou mais pessoas (relações interpessoais), assim como a divulgação dos mesmos por meio da comunicação bidirecional, da orientação dos trabalhadores (reforço) e do apoio na tomada de decisão, sendo estas (comunicação two-way, reforço e tomada de decisão) algumas das dimensões que, em conformidade com Brown e colaboradores (2005), fazem parte da liderança ética.

Por outro lado, De Hoogh e Den Hartog (2008) substituíram as três dimensões de Brown, Treviño e Harrison (2005) por partilha de poder, moralidade e justiça e, por fim, clarificação do papel dos subordinados. Estamos na presença de partilha de poder, sempre que os subordinados conseguem intervir na tomada de decisão, assim como fazer recomendações. Por sua vez, é essencial os líderes terem uma conduta justa e moral neste tipo de liderança. Os líderes devem também clarificar o que é esperado por cada membro e as responsabilidades, bem como os limites de autoridade, existindo então uma clarificação do papel dos subordinados.

A liderança ética é um grupo de comportamentos praticados por um líder, com a finalidade de incentivar, ou não, a instalação de um meio envolvente de trabalho ético (Arel, Beaudoin, & Cianci, 2012).

Neves e colaboradores (2016), afirmam que os princípios éticos precisam de se encontrar nas instituições e nos níveis hierárquicos. Desta forma, o líder tem a obrigação de adaptar os seus comportamentos aos códigos morais para fomentar a justiça organizacional e intervir na conduta ética dos seus funcionários.

O sucesso/insucesso de uma empresa está diretamente relacionado com o desempenho do líder. O presente estudo tem como objetivos analisar a importância da Liderança Ética nas organizações e realizar uma comparação entre duas funções comerciais, sendo essas Customer Engagement Manager e Técnico Comercial.

Assim, o principal objetivo deste estudo foi compreender o efeito que a Liderança Ética tem nos seus liderados, de acordo com a sua função em cada uma das áreas de trabalho que, por sua vez, são a indústria farmacêutica e a construção civil e obras públicas, serviços. A amostra foi constituída por 90 participantes (46 do género feminino e 44 do género masculino), com idades compreendidas entre os 30 ou menos e os 61 ou mais anos.

O método utilizado foi quantitativo, uma vez que os dados foram recolhidos através de um questionário adaptado à escala desenvolvida por Neves (2016) et al.

Como resultados conclui-se que quem adota esta liderança gera um melhor desempenho na função comercial e participação dos liderados. Os modelos que se revelaram mais significativos foram a moralidade e justiça, esclarecimento do papel e a partilha de poder. Nestes três modelos referidos, o género masculino foi o predominante. Várias limitações foram encontradas, sendo a mais significante a baixa quantidade de participantes no estudo. Existe a necessidade de continuar com o estudo e também de efetuar o mesmo em cenários diferentes utilizando este instrumento para, desta forma, consolidar e substanciar os resultados obtidos.

Professora Doutora Lurdes Neves, Presidente do Conselho Geral do ISG Investigadora e Docente, Professora Doutora Ana Amaro, Investigadora e Docente do ISG e Raquel Almeida, Aluna Finalista da Licenciatura em Gestão do ISG para o Link to Leaders

“Ehud Barak e Steven Spielberg”

“Ehud Barak e Steven Spielberg”

“Ehud Barak e Steven Spielberg” é o título do mais recente artigo do Professor Doutor Jorge Vasconcellos e Sá, Docente do ISG.

Leia o artigo na integra, publicado pelo jornal Vida Económica aqui.

“Yes we can!”

“Yes we can!”

A autoeficácia refere-se à convicção de um indivíduo sobre a própria capacidade de mobilizar a sua motivação, os seus recursos cognitivos e os cursos de ação necessários à execução bem-sucedida de uma tarefa específica, num determinado contexto. Por conseguinte, verifica-se que as pessoas auto eficazes esforçam-se mais por alcançar os seus objetivos, selecionam tarefas desafiantes, são mais perseverantes, apresentam pensamentos positivos e ajustam-se às situações indutoras de stress.

Uma autoavaliação positiva conduz a expectativas elevadas de eficácia pessoal e à probabilidade de se conseguir realizar com sucesso aquilo que se deseja. Pesquisas realizadas nos últimos anos têm encontrado relações positivas entre a autoeficácia e os resultados organizacionais, o que realça o interesse em encontrar formas de a desenvolver, no sentido de melhorar a performance individual e coletiva. Neste âmbito, são apontadas quatro estratégias:

  • As experiências de sucesso no desempenho de uma tarefa aumentam a confiança na realização da mesma, mas para que este sucesso seja alcançado é necessário ter objetivos que sejam estimulantes, alcançáveis, concretos, específicos e próximos;
  • formação e a aprendizagem por modelação porque a transmissão de competências e a observação das conquistas dos outros permitem-nos acreditar que também nós seremos bem-sucedidos;
  • persuasão social, por sua vez, ajuda a consolidar as crenças de autoeficácia porque quando as pessoas que consideramos importantes acreditam no nosso potencial e o expressam direta ou indiretamente contribuem para uma performance superior;
  • E a otimização do bem-estar psicológico que por se encontrar associada a reações emocionais e/ou fisiológicas é particularmente importante para lidar com elementos potenciadores de stress.

O comportamento humano é largamente influenciado pelas crenças de autoeficácia porque é mais provável que as pessoas realizem as atividades onde são bem-sucedidas do que aquelas em que se acham menos competentes. Além disso, a autoeficácia determina o nível de motivação e é em função dessa perceção que a pessoa tem um incentivo para agir e antecipar o que pode fazer para obter os resultados que pretende.

As crenças de autoeficácia podem ser estimuladas através: (i) da definição de metas realistas; (ii) do estabelecimento de prioridades concretas e alcançáveis; (iii) da reflexão sobre as expectativas pessoais e de tudo o que já foi conquistado; (iv) da seleção de recursos pessoais, sociais e materiais que ajudam a alcançar os objetivos; (v) da avaliação otimista sobre as próprias capacidades; (vi) e da perceção que todos estamos em processo de desenvolvimento.

Quando as pessoas acreditam que são capazes e se sentem confiantes em relação ao seu desempenho têm tendência a ser melhor sucedidas na execução das tarefas porque a confiança ajuda a superar os desafios e incentiva a abertura a novas experiências. Verifica-se, ainda, que as diferentes fontes de eficácia não atuam de forma independente, porque além de vivenciarmos o resultado dos nossos esforços, também observamos os outros em situações similares e recebemos avaliações sociais sobre a adequação da nossa performance. Não obstante, quando mais sólida é a autoconfiança e quanto mais positivas são as crenças de autoeficácia, maior é a probabilidade de prosperar.

Professora Doutora Rosa Rodrigues, Coordenadora da Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos para o Link to Leaders

PG em Fiscalidade Avançada no Jornal de Negócios

PG em Fiscalidade Avançada no Jornal de Negócios

Ainda na apresentação do Orçamento do Estado de 2023, convidamos à leitura da entrevista do Ministro das Finanças, Dr. Fernando Medina para o Jornal de Negócios.

O Instituto Superior de Gestão junta-se também no final desta edição com o Last Call da Pós-Graduação em Fiscalidade Avançada.

Leia tudo aqui.

Visite também a nossa página e candidate-se a esta Pós-Graduação.

Representante Fiscal – Novo Regime e Novos Riscos para os Contribuintes

Representante Fiscal – Novo Regime e Novos Riscos para os Contribuintes

Sugerimos leitura atenta da nova Crónica da Fiscalidade Avançada ISG, no Jornal Vida Económica, hoje da autoria da Prof.ª Dra. Maria José Menezes, Docente da Pós-Graduação em Fiscalidade Avançada ISG.Boas leituras!

Conheça aqui o Programa Curricular e Candidaturas à nova Edição desta Pós-Graduação.

Conheça aqui o Programa Curricular e Candidaturas à nova Edição da PG aqui

DATA PREVISTA DE INÍCIO

03 de Novembro 2022

HORÁRIO

Pós-Laboral

Presencial e/ou 100 % Online

Ter|Qui : 18h30 – 22h00

Entrevista à Professora Doutora Lurdes Neves na TSF Rádio Notícias

Entrevista à Professora Doutora Lurdes Neves na TSF Rádio Notícias

Amanhã convidamos a que nos acompanhe na emissão da TSF Rádio Notícias no período Prime Car das 7h30 às 10h30, na Entrevista à Professora Doutora Lurdes Neves, Investigadora, Docente e Presidente do Conselho-Geral do ISG, no âmbito da Apresentação do Estudo – Perceção das expetativas e significados sobre o ensino superior atribuídos pelos estudantes.

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