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Porquê estudar turismo?

Porquê estudar turismo?

O surgimento da Sars Cov 2 (COVID-19), marcou e marcará, para sempre, a sociedade, a economia e o turismo. Já interiorizámos as mudanças ocorridas, as novas exigências sanitárias e a existência de um mundo “antes da COVID” (A.C.) e “depois da COVID” (D.C.).

O turismo vai continuar a ser uma indústria altamente dinâmica e uma das mais importantes na economia global. Basta pensar que cerca de um terço da economia mundial está assente em serviços diretos e indiretos da atividade turística, envolvendo perto de 10% do emprego global.

Após estes longos períodos de confinamento, perguntei a 20 pessoas (no café, em família, no trabalho, nas aulas) qual era o seu maior desejo. Todas responderam: viajar. As viagens estão na linha de frente das vontades das pessoas e na necessidade das economias. O turismo vai recuperar e retomar a sua trajetória.

Encontrando-se em constante mudança e evolução, a indústria do turismo necessita de recursos humanos com conhecimento, mentalidade inovadora, pensamento crítico e com vontade de compreender e responder às novas tendências.

Porquê estudar turismo e constituir uma carreira profissional neste setor?

Mesmo com a crise económica e sanitária que estamos a viver, o turismo vai continuar a ser uma das áreas que emprega mais pessoas, com recompensas para profissionais focados.

Um profissional de turismo pode trabalhar em hotelaria, em animação turística, nos eventos, em agências de viagens, em empresas turísticas, organizações e autarquias, permitindo, como em mais nenhuma área profissional, uma diversificada mobilidade na sua área de formação.

Trabalhar com turistas e no turismo é um desafio constante. Diariamente contacta-se com diferentes pessoas, portadoras de expetativas e motivações muito específicas, tendo como missão garantir que a sua presença resulta numa experiência fantástica e que um dia a sua satisfação os faça regressar.

O turismo permite-nos conhecer pessoas de todos os pontos do mundo, compreender os seus hábitos e costumes, as suas culturas, aferir novas perspetivas sobre o mundo e adquirir uma rede social mais ampla e diversificada.

O turismo tem o potencial de tornar o mundo um lugar melhor, pela criação de riqueza em destinos mais desfavoráveis, permitindo a criação de produtos e serviços turísticos com salários justos, com respeito pela natureza e biodiversidade, concretizando a tão importante sustentabilidade.

Todos aqueles que agora iniciarem a sua licenciatura em turismo e durante os próximos 3 anos, vão adquirir conhecimentos dentro e fora da sala de aula, realizar trabalhos e projetos de acordo com o novo cenário que vivemos. Dentro de 3 anos, e depois da atividade turística estar estabilizada, estes profissionais serão capazes de responder aos desideratos presentes e futuros que se colocam à gestão do turismo e à economia nacional.

O turismo precisa de vocês, jovens, que possam assegurar o futuro desta importante atividade económica, tão importante para a cultura, para o ambiente, para a história e, fundamentalmente, para as pessoas!

Professor Doutor João Caldeira Heitor, Secretário Geral do ISG, Coordenador da Licenciatura em Gestão do Turismo, para a Mais Educativa

As relações públicas no século XXI

As relações públicas no século XXI

As Relações Públicas (RP’S) foram provavelmente a área do setor do Marketing e da Comunicação que mais mudanças sofreu nas últimas décadas devido a vários fatores como mudanças nas metodologias de trabalho com a crise económica no setor da comunicação.

Em primeiro lugar, as mudanças de metodologias de trabalho foram muitas vezes associadas à rápidas mudanças nas tecnologias de comunicação e informação relacionadas com o aumento do uso das redes sociais e de plataformas de comunicação na web gratuitas e cada vez mais intuitivas e fáceis de utilizar. Isto levou à opinião generalizada de que a comunicação não necessita de estratégia.

Em segundo lugar, académicos e profissionais concordam que desde os primórdios da humanidade que as Relações Públicas têm vindo a adaptar-se e a reinventar-se à medida da evolução humana, o que significa que mais uma vez se adaptaram a esta nova realidade, mas mantendo o planeamento estratégico característico desta área da comunicação.

Segundo alguns académicos, as Relações Públicas modernas poderão ter origem nos EUA com Ivy Lee e Edward Bernay, apesar de em Portugal existirem registos no tempo D. Manuel I (sec. XV), onde é possível encontrar conceito semelhante ao das RP no Regimento da Casa das Índias e da Mina (Soares, 2011). Mais recentemente as Relações Públicas dinamizaram-se na Europa e por consequência em Portugal após a segunda Guerra Mundial.

Paralelamente, é importante mencionar a definição das Relações Públicas, que atualmente menciona que as “Relações públicas é um processo de comunicação estratégica que constrói relacionamentos mutuamente benéficos entre as organizações e seus públicos” (Public Relations Society of America -PRSA).

As Relações Públicas do Seculo XXI englobam uma série de outras áreas como Comunicação de Marketing e/ou Comunicação Integrada de Marketing, Comunicação Corporativa, Comunicação de crise, Comunicação interna, Relações com Investidores, Assessoria Mediática, Gestão de conteúdos, Organização de Eventos, Gestão da Informação das Redes Sociais e Gestão de Reputação.

Todas estas funções das RP’s têm como objetivo envolver, construir uma relação com os stakeholders da instituição para que de seguida se possa analisar e perceber o feedback das ações de comunicação, ou seja, se os resultados estarão de acordo com os objetivos do assunto comunicado. É uma ferramenta forte pois tem o poder, ao comunicar diretamente com os diferentes públicos e com técnicas específicas direcionadas para cada grupo, de mudar consciências, atitudes, comportamentos. Os resultados são de forma global muito positivos.

Na minha opinião, de tudo o que mencionei saliento que o mais importante é o planeamento estratégico das ações de comunicação a realizar de forma contínua. O segredo está na gestão da comunicação que implica selecionar as datas mais adequadas associados às melhores técnicas de comunicação dirigidas para cada público.

Quando comecei a trabalhar em 1997, na época no Grupo GCI, as funções e os objetivos eram os mesmos que existem hoje em dia. No entanto, na época as tecnologias de comunicação estavam no início no mercado português. Nas últimas duas décadas as tecnologias de informação e de comunicação evoluíram e foram sendo adotadas por todos – o que provocou uma grande mudança na forma de trabalhar as Relações Públicas. Longe estão os tempos em que o comunicado de imprensa era enviado por CTT ou por fax.

Atualmente, as instituições públicas e privadas continuam a necessitar de comunicar com os seus públicos e de perceber o seu feedback. As Relações Públicas continuam a fazer o que faziam, mas integraram as tecnologias na gestão estratégica da comunicação, com o objetivo de fazer chegar as mensagens chave aos públicos. Na realidade, os públicos de muitas empresas têm idades e formas de estar diferentes e, se estamos a comunicar para seniores, a estratégia a utilizar provavelmente serão os canais mais clássicos, mas se estamos a comunicar para jovens os canais estarão relacionados com as redes sociais e canais no YouTube e outras plataformas que lhe serão mais atrativas, incluindo os influenciadores digitais.

Do meu ponto de vista, as Relações Públicas continuam a fazer o que sempre fizeram, mas alargando os canais de comunicação, isto é, continuam a realizar assessoria mediática, ao realizarem a gestão dos contactos com os órgãos de comunicação social, a elaboração da estratégia da informação colocada nos websites institucionais das empresas e das marcas, a gestão da comunicação realizada com os influenciadores digitais, a gestão da informação disponibilizada nas diferentes redes sociais das instituições, bem como todos os planos de comunicação estratégica que envolvem a organização de eventos indoor e outdoor e nestes últimos dois anos os eventos tornaram-se online devido ao confinamento.

Em suma, as mudanças têm sido efetuadas e integradas nos planos de comunicação estratégicos com sucesso! O futuro irá com certeza trazer novidades para esta área que serão naturalmente, e tal como têm vindo a acompanhar a evolução da sociedade, integradas com sucesso.

Professora Doutora Paula Lopes, Coordenadora Científica das Formações Pós-Graduadas em Marketing do ISG, para o Link to Leaders

“Internacionalização de empresas: evolução de um conceito” parte (II) e (III)

“Internacionalização de empresas: evolução de um conceito” parte (II) e (III)

Parte II

Vimos num primeiro artigo sobre o tema da internacionalização que alguns analistas estavam propondo uma nova visão conceitual, consistindo no “abandono do conceito operacional de internacionalização e na adoção do conceito estrutural, baseado no investimento direto estrangeiro (IDE) como parâmetro de referência” (Boelter, 2020).

Segundo eles, esse desenvolvimento conceitual começa a ser percebido por volta de 2010, pois que anteriormente se falava em internacionalização operacional, entendida como um processo englobando uma série de atividades, entre elas a exportação (apontada por muitos como ponto de partida!). Um dos modelos de suporte dessa conceção foi o “Modelo de Internacionalização de Uppsala” ou “Escola Nórdica”, de que se destacam as contribuições de Johansson e Vahlne (1977, 2010).

A partir de 2010, o conceito operacional começa a ser questionado no contexto do desenvolvimento das novas realidades comerciais internacionais, passando a adotar-se o conceito da internacionalização estrutural (Ramsey; Barakat; Cretoiu, 2012; Botelho, 2015) baseado no Investimento Direto no Estrangeiro (IDE), que se tornou “um fator determinante para o desempenho internacional das empresas através da presença corporativa nos respetivos mercados alvo” (Boelter, 2020).

Esta mudança de paradigma constitui, na opinião dos seus seguidores, um verdadeiro salto quântico, em que o cerne do conceito de internacionalização não são mais as operações comerciais, mas a existência de um IDE e, consequentemente, de uma estrutura transnacional própria da empresa. Segundo Boelter, “conceitualmente, a internacionalização inicia-se, portanto, com a existência de IDE” (a última, mais complexa e exigente das fases de internacionalização consideradas na conceção tradicional).

Segundo Boelter, “meras operações internacionais de uma empresa nacional sem IDE podem ser vistas como uma fase preparatória da internacionalização, mas não integram o conceito da internacionalização propriamente dito”. Por isso, em seu entender, “uma empresa que exporta não é uma empresa internacionalizada, mas somente uma empresa nacional exportadora (ENE)”, o que não constitui nenhuma menor consideração pela empresa, “tratando-se simplesmente de uma definição conceitual”.

“A internacionalização, no entanto, é um passo além e implica conceitualmente a transformação de uma empresa nacional numa empresa multinacional, não podendo qualificar uma ENE como uma empresa multinacional devido à ausência de estruturas internacionais próprias” (Boelter, 2020).

Muitos e variados temas de análise, reflexão e crítica! Aos quais voltaremos no próximo (e último) artigo dedicado a esta importante temática.

Professor Doutor Tito Ferreira de Carvalho, economista e docente do ISG


Parte III

Com exceção das empresas que no dizer dos analistas “já nascem internacionais” ou com vocação para tanto, é pela exportação que a maior parte das empresas locais começa a ensaiar a sua presença em mercados externos.

Vimos no primeiro e segundo artigos anteriores que alguns analistas propunham uma nova visão conceitual da internacionalização, que consiste no “abandono do conceito operacional e na adoção do conceito estrutural, baseado no investimento direto estrangeiro (IDE) como parâmetro de referência, uma mudança paradigmática que constitui um verdadeiro salto quântico, pois só a existência de um IDE permite à empresa dispor de uma estrutura transnacional própria e a sua transformação numa empresa multinacional” (Boelter, 2020).

Esta análise de Boelter e seus seguidores parece-nos dever considerar como excessiva, ao só admitir o IDE como a modalidade de presença em mercados externos para que se possa falar em internacionalização.

De facto, com exceção das empresas que no dizer dos analistas “já nascem internacionais” ou com vocação para tanto, é pela exportação que a maior parte das empresas locais começa a ensaiar a sua presença em mercados externos, até para aferir da sua viabilidade nesses mercados e poderem transformar essa prática numa estratégia consistente e com carácter de permanência.

À medida que essa estratégia se consolida, pelos resultados obtidos, e algum ou alguns desses mercados atingem relevante importância, é natural que a forma como a exportação se desenrola sofra alterações: de exportações indiretas a exportações diretas, do tipo de intermediários utilizados, da importante seleção dos canais de distribuição, passando de um agente a um distribuidor exclusivo, etc.

É natural ainda que, a dada altura, a importância dos mercados justifique outras formas de presença, nomeadamente pelo recurso a formas contratuais, como o licenciamento e o franchising, e mais tarde, a um IDE, seja constituindo uma joint-venture com parceiros locais, seja constituindo uma empresa subsidiária, com domínio do poder de decisão.

Esse será aliás um caminho lógico no processo de internacionalização de muitas empresas, o culminar da estratégia prosseguida, mas insuficiente para que, científica e tecnicamente, se considere que só nessa altura se possa falar em internacionalização, a qual, para muitas delas, começou lá bem atrás com umas exportações para um ou mais mercados.

O “pecado” de Boelter e seus seguidores é considerar a imprescindibilidade de uma empresa se constituir numa multinacional para se poder considerar internacionalizada, o que constitui um enviesamento de análise, devido fundamentalmente à consideração de um mercado de origem de grande dimensão, como é o Brasil. Ora, mesmo atendendo às exigências da Globalização, há espaço para outras empresas e outros países se internacionalizarem fora deste “novo” paradigma.

Professor Doutor Tito Ferreira de Carvalho, economista e docente do ISG

O que diferencia a liderança no feminino?

O que diferencia a liderança no feminino?

Sabe “O que diferencia a liderança no feminino?”

A Professora Doutora Rosa Rodrigues explica-lhe tudo no mais recente artigo partilhado na edição de julho da Revista Human Resources Portugal.

Convidamo-lo(la) a ler este artigo!

Boas Leituras.

O nosso IRC expulsa riqueza de Portugal

O nosso IRC expulsa riqueza de Portugal

O Coordenador da Pós-Graduação em Fiscalidade Avançada do ISG, Professor Doutor José Maria Pires está em grande destaque na capa do Jornal Vida Económica.

“O nosso IRC expulsa riqueza de Portugal” é o título da entrevista feita, no âmbito da nova Pós-Graduação em Fiscalidade Avançada.

Convidamo-lo(la) a ler a entrevista do Professor Doutor José Maria Pires na página 3 do jornal.

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