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Internacionalização de empresas: evolução de um conceito

Internacionalização de empresas: evolução de um conceito

Por dever de ofício e também por gosto indisfarçável em ouvir novas opiniões sobre temas há muitos anos por nós trabalhados, visando uma imprescindível atualização, éramos presença habitual, antes da pandemia, em seminários e outras ações de sensibilização organizadas pela centenária Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), uma das mais relevantes instituições na divulgação e promoção dos casos de maior importância e sucesso na internacionalização das empresas portuguesas.

Com frequência, começamos a notar que os insignes oradores, incluindo os moderadores, começavam quase invariavelmente por referir o percurso das empresas em termos de exportação para os vários mercados, passando em seguida a abordar o tocante à internacionalização dessas empresas. Por mais de uma vez estivemos tentados a pedir a palavra, no espaço aberto a perguntas do público, e manifestar a nossa discordância quanto a esta divisão de atividades de carácter internacional, pois que a maior parte dos tratadistas e especialistas na matéria coincide no estabelecimento de que a exportação é o primeiro passo na internacionalização das empresas, uma como que porta de entrada nesse universo e que, portanto, Exportar é, e será sempre, Internacionalizar.

Não o fizemos essencialmente por prever a grande polémica que iríamos provocar, correndo o risco de não sermos compreendidos e facilmente rotulados “de teóricos”, atendendo à nossa qualidade de professor universitário, ainda que, dos 50 anos de atividade profissional completados no corrente ano, muitos deles tenham sido dedicados ao desempenho de funções ligadas ao comércio externo em empresas. E o assunto foi caindo no esquecimento.

Relações estabelecidas com instituições universitárias e Think Tanks brasileiros viriam no entanto lançar alguma luz sobre essa nova tendência detetada nos seminários da CCIP. Na realidade, em meados de 2020, recebemos do representante em Berlim do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Relações Empresariais Internacionais (IBREI), associação civil sem fins lucrativos, sedeada em São Paulo, que congrega pessoas físicas e jurídicas, em diferentes países, um artigo intitulado “A evolução conceitual da Internacionalização”, que lançava pistas sobre o assunto, começando por salientar que essa evolução “consiste no abandono do conceito operacional e na adoção do conceito estrutural, baseado no investimento direto estrangeiro (IDE) como parâmetro de referência” (Boelter, 2020).

Embora preocupado essencialmente com a situação das empresas brasileiras, Boelter introduz uma análise bastante interessante que merece ser aprofundada e que pode aplicar-se a qualquer empresa, independentemente da sua base nacional. O que será assunto a tratar na continuação do presente artigo.

Professor Doutor Tito Ferreira de Carvalho, economista e docente do ISG

O antes e o depois da implementação do sistema de gestão da qualidade

O antes e o depois da implementação do sistema de gestão da qualidade

Na atividade diária de uma organização existe sempre o antes e o depois de um acontecimento. Revista-se o mesmo de aspetos positivos e negativos, com os inerentes impactos, expectáveis e inesperados.

Quando uma organização decide implementar um sistema de gestão, seja de qualidade, de ambiente ou outro, procede a uma reflexão que inclua os ganhos que o mesmo comporta.

Importa ponderar, refletir e até mesmo questionar sobre as mais-valias que o sistema de gestão irá gerar para a organização, avaliar os custos de implementação, os benefícios, a operacionalização, os impactos nos colaboradores. Ainda que com muitas perguntas, sabendo que o objetivo visa: a melhoria contínua.

Tomada a decisão de avançar, é necessário comunicar a todos colaboradores e definir os passos e etapas a seguir. É necessário envolver, sensibilizar, formar, consciencializar, para o impacto que todos têm no sistema de gestão e quais as consequências positivas e/ou negativas. Com o envolvimento de todos, é necessário planear a mudança, as alterações a efetuar, refletir em critérios e métodos para assegurar que tanto a atividade como os processos são eficazes, de acordo com os recursos disponíveis e assegurando a informação necessária que suporte a operacionalização e a monitorização dos processos.

Impõe-se criar a dinâmica de planear, de implementar e controlar processos (necessários para satisfazer os requisitos para o fornecimento do serviço educativo), determinar e manter um conjunto de documentos operacionais, que garantam e gerem confiança de que o processo está a obter o desempenho esperado e evidenciem a conformidade do serviço educativo com os requisitos determinados.

Até que chega o grande dia, a realização da auditoria de avaliação por uma entidade externa, independente e que está a avaliar todo o nosso desempenho, conduz-nos a várias questões: “porque faz desta forma?”, “como se monitoriza?”, “qual o desempenho deste processo?”, “o que dizem as partes interessadas da vossa organização?”.

A Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, segundo a NP EN ISO 9001 2015, é um processo de reconhecimento formal, que assegura o fornecimento de um serviço de forma consistente, conforme os requisitos requeridos por partes interessadas, incluindo os legais e regulamentares fomentando a melhoria contínua.

Estatisticamente, a probabilidade de um acontecimento está compreendida entre zero e um. Nesta escala compreendemos que para que a organização esteja perfeita, há um longo caminho a percorrer. Porém, com a ajuda de todas as partes interessadas (colaboradores, alunos, entidades parceiras, outras entidades), podemos chegar a alcançar resultados positivos que se revelem uma mais-valia para todos os envolvidos.

Os benefícios são vastos, desde a melhoria da imagem, a facilidade de comunicação interna e externa, a satisfação das partes interessadas, a prevenção de não conformidades e eventuais reclamações, entre outros.

O Sistema de Gestão assume-se como a ferramenta que nos orienta e nos impulsiona para a melhoria contínua, para a adequação e eficácia da nossa organização.

Conscientes de que a Qualidade não tem um significado popular, estamos convictos que ela representa o desiderato de “cumprir com as necessidades e expetativas das partes interessadas”. Fazendo um paralelismo com os nossos cinco sentidos e para cumprir com os objetivos, acabamos por falar de Qualidade, saborear a Qualidade, sentir a Qualidade, ver a Qualidade, ouvir a Qualidade e cheirar a Qualidade. Tal como um organismo funciona articulada e dependentemente, também um Sistema de Gestão Certificado, exige e evidencia o todo que a organização possui e representa.

Dra. Ana Maia, Diretora de Qualidade do ISG e Coordenadora da Pós-Graduação em Sistemas Integrados de Gestão: Qualidade, Ambiente e Segurança, para a Link to Leaders

Desafiantes tempos de afirmação coletiva!

Desafiantes tempos de afirmação coletiva!

O regresso da atividade turística, após o crítico período que o mundo enfrenta, exige habilitados recursos humanos capazes de responder às novas necessidades dos turistas e às exigências das autoridades de saúde, das associações e entidades do setor, dos governos e da economia. A par da sustentabilidade, a qualidade dos serviços dependerá, indubitavelmente, da qualidade da formação dos recursos humanos.

Veja-se um exemplo. Imagine-se que eu, como bom português, a saber receber, simpático e a falar duas ou três línguas decido criar uma empresa de serviços turísticos que disponibilize, por exemplo, visitas em tuk-tuk pela cidade de Lisboa. À partida, reúno os principais requisitos para ter sucesso. Todavia, “no terreno” e a preparar o projeto deparo-me com a necessidade de ter conhecimentos que me permitam saber: o custo inicial da aquisição do veículo; os encargos associados à obtenção de licença; os custos mensais com o veículo (combustível, seguro e oficina); o rendimento mensal expectável face à concorrência; entre outras variáveis diretas e indiretas que entroncam com a atividade. Cumulativamente, precisarei de compreender: a dimensão das empresas concorrentes; o funcionamento da atividade ajustada às especificidades do território e o inerente respeito pelos recursos turísticos; a legislação a que estou sujeito no âmbito da atividade; as melhores estratégias de marketing que credivelmente conquistem a confiança dos meus futuros clientes… Para obter estes conhecimentos, necessitaria, objetivamente, de ter obtido formação onde aferisse estas e outras questões.

Ainda que nos últimos anos tenha ocorrido um aumento do número de licenciados na área do turismo, continua a ser identificado pelas empresas e organizações do setor, um défice na qualificação dos recursos humanos.
Hoje, um habilitado profissional da atividade turística, deve ter conhecimentos de gestão, de contabilidade e de finanças, para compreender a sustentabilidade das empresas turísticas, a importância da inovação, do empreendedorismo e da própria sustentabilidade dos recursos turísticos.

A compreensão das questões económicas e de gestão são fundamentais para os profissionais que valorizam uma atividade turística ancorada na excelência e desta forma construir a sua carreira em estruturas empresariais de qualidade, rigor e confiança.
Conscientes destes desafios, o ISG | Business & Economics School, que se apresenta com um grau de empregabilidade de 98,1% (de acordo com os dados oficiais da DGEEC), encontra-se a reforçar as suas ligações com o setor empresarial do turismo, solidificando a nossa oferta para uma formação de excelência.

Agora, mais do que nunca, o mercado necessita de pessoas empenhadas e motivadas, capazes de responder a um desafiante tempo de afirmação que ocorrerá com esforço, resiliência e conhecimento de todos.

Professor Doutor João Caldeira Heitor, Secretário Geral do ISG, Coordenador da Licenciatura em Gestão do Turismo, para a Publituris

ISG aposta na valorização das soft skills dos estudantes

ISG aposta na valorização das soft skills dos estudantes

O ISG – Business & Economics School é uma excelente escolha para ingressar no ensino superior. O Instituto Superior de Gestão impõe-se no mercado desde 1978 com uma curva de experiência muito consolidada no ensino das ciências económicas e empresariais. O grande fator de diferenciação do ISG é “a clara aposta na valorização das soft skills dos estudantes”. “Além de economistas e gestores competentes, temos na nossa missão formar bons cidadãos, com capacidades de adaptação a realidades sempre novas, que sejam comprometidos, conscientes, criativos, comunicativos e colaborativos”, começa por afirmar Miguel Varela, diretor do ISG.

Muito importantes para os estudantes que frequentam o superior são os gabinetes de estágio. No ISG, além da existência de um gabinete de estágios, também nos planos curriculares dos cursos de 1º ciclo, os alunos devem optar “pela criação de um negócio enquanto empreendedores ou pela realização de um estágio curricular”. “Temos várias dezenas de protocolos com empresas e associações que permitem a colocação dos nossos licenciados.”

Precisamente no que toca às licenciaturas do ISG (1º ciclo), estas focam-se sobretudo na interdisciplinaridade no universo das ciências económicas e empresariais, numa estratégia de focalização e sinergias. “Os alunos de Gestão, Economia, Gestão de Recursos Humanos ou Turismo têm muitas unidades curriculares partilhadas, o que permite um enriquecimento cultural e partilha de conhecimento de alto nível. Tem sido uma experiência pedagógica enriquecedora nos últimos anos”, explica o responsável do ISG.

Pós-graduações reduzidas de um ano para um semestre

Em relação às pós-graduações, é-nos dito que a procura por cursos de curta duração está a aumentar por parte de executivos e de quem procura uma “reciclagem” ou atualização de conhecimentos. Nesse sentido, os cursos de pós-graduação do ISG “foram reduzidos de um ano para um semestre, correspondendo às necessidades de formação das empresas e de quem procura individualmente” a instituição.

Note-se que o ISG tem na sua oferta formativa mais de 16 cursos de pós-graduação em áreas específicas como Finanças, Marketing, Logística e Transportes, Gestão Geral, Recursos Humanos, Avaliação Imobiliária, Administração Pública (FORGEP, CAGEP, Administração Autárquica), entre outras formações, em formato presencial ou online.

No que diz respeito ao corpo docente, é “estável, altamente qualificado (70% de doutores) e experiente, na prática, nas áreas de gestão e de economia”. “Um dos fatores de sucesso do ISG é exatamente o ótimo do mix entre académicos e profissionais no mercado”, justifica Miguel Varela.

Quanto à taxa de desemprego padrão dos licenciados pelo ISG é de 3,7% de acordo com as estatísticas oficiais do portal Infocursos, em colaboração com o Ministério do Emprego e com o Ministério da Ciência e do Ensino Superior. Independentemente destes números oficiais, o ISG “monitoriza sempre junto dos seus diplomados qual o percurso profissional após a conclusão da respetiva licenciatura”.

Capacidade de adaptação

À questão que conselhos daria a um jovem que vai ingressar no ensino superior no próximo ano, o diretor do ISG recorda que o superior representa uma “rutura epistemológica” com a realidade do ensino secundário. Mudam os métodos de ensino-aprendizagem, assim como os processos de avaliação de conhecimentos. “Apesar da cada vez maior equidade no acesso ao ensino superior e de ser cada vez mais democratizado e menos eclético, a verdade é que ainda existe uma tradição diferente no ensino superior relativamente ao secundário, que corresponde à escolaridade mínima obrigatória”, refere Miguel Varela.

Para o responsável do Instituto Superior de Gestão, o ensino superior continua a ser “uma opção de especialização de conhecimento”. “Os estudantes devem ter capacidade de adaptação, ser muito autodidatas e, sobretudo, serem apaixonados por esta bonita fase da vida e do aprender a crescer e enfrentar os desafios profissionais futuros.”

Professor Doutor Miguel Varela, Diretor do Instituto Superior de Gestão para o Jornal de Negócios

A ligação entre trabalhadores e organizações

A ligação entre trabalhadores e organizações

Em Portugal, ultrapassámos recentemente o marco dos 12 meses com as alterações no contexto laboral e organizacional por força da pandemia. Ou seja, já há mais de um ano que a relação “habitual” entre trabalhadores e organizações foi afetada.

Esta ligação tem sido alvo, ao longo dos últimos anos e até mesmo décadas, de um grande interesse quer por parte da academia quer por parte do setor empresarial. É rico, em quantidade e em qualidade, o acervo de trabalhos científicos em conceitos como o comprometimento organizacional, a satisfação no trabalho ou a perceção do apoio organizacional, entre muito outros.

Os resultados destas pesquisas têm constituído uma base sólida para o conhecimento destes conceitos e têm indicado um rumo ou uma linha orientadora que contribui para a compreensão da relação entre trabalhadores e entidades patronais. Os que os atrai, os que os motiva e o que os retém tem uma relevância prática para qualquer organização.

A questão que, agora, se coloca é se a pandemia teve, ou não, algum impacto nesta relação. E, em caso afirmativo, de que forma.

Para além do seu impacto direto na economia e na vida de cada pessoa, a Covid-19 veio criar diferenças que devem ser estudadas separadamente. É como se tivéssemos novas categorias ou grupos, para além dos setores de atividade onde cada trabalhador se enquadra.

Muitos trabalhadores avançaram para o regime do teletrabalho – essencialmente postos de trabalho de cariz mais administrativo. Por outro lado, muitos outros tiveram que manter o seu trabalho presencial nos locais – para além do setor da saúde, muitos outros como é o exemplo dos transportes, da segurança ou da limpeza, com condições mais adversas e com os seus colegas das áreas administrativas e, em alguns casos até as suas chefias, em teletrabalho. Para outros, infelizmente, nem foi possível manter os seus trabalhos presencialmente nem em teletrabalho, como aconteceu, por exemplo, no setor das restauração e bares/discotecas.

São cenários distintos. Será que a ligação afetiva dos trabalhadores ou a sua satisfação no trabalho não será afetada, de forma diferente, de acordo com a sua experiência perante a pandemia?

A ligação afetiva de um trabalhador à sua entidade patronal continuará com os mesmos níveis pré-pandemia? Será que sim para quem esteve em teletrabalho? E para os trabalhadores que se mantiveram presencialmente no terreno, a usar transportes públicos sobrelotados e a trabalhar, pelo menos na fase inicial, com pouco, ou nenhum, equipamento de proteção? Será que “veem” a sua empresa da mesma forma?

E os que perderam os empregos quando tiverem oportunidade de regressar ao mercado de trabalho como se irão sentir? Como será, por exemplo, a sua ligação à empresa ou a sua lealdade para com o seu líder?

Ainda não sabemos como ou quando acabará esta pandemia, mas todos temos presente que veio abrir uma nova página na relação entre trabalhadores e organizações, que precisa de ser estudada.

Professor Doutor Rui Silva , Docente e Coordenador da Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos, para a Link to Leaders

ISG em destaque na Revista Sábado – Especial Ensino Superior

ISG em destaque na Revista Sábado – Especial Ensino Superior

O Instituto Superior de Gestão está em grande destaque no novo suplemento da Revista SÁBADO – Especial Ensino Superior.

O Professor Doutor Miguel Varela, Diretor do ISG, deixou o seu testemunho num artigo exclusivamente dedicado à “Experiência de quase meio século no ensino” do nosso Instituto.

Nesta edição especial, estamos também presentes, com mais uma página inteira dedicada à nossa oferta formativa.

Leia o artigo na página 8 e veja a nossa lista de cursos na página 13.
https://www.isg.pt/wp-content/uploads/2021/06/Sabado_EnsinoSuperior_17Junho2021.pdf

Pode ler o artigo isolado também na versão digital em: https://www.sabado.pt/c-studio/especiais-c-studio/ensino-superior/detalhe/experiencia-de-quase-meio-seculo-no-ensino

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