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A etapa do diagnóstico e a análise swot

A etapa do diagnóstico e a análise swot

Independentemente da essencialidade e correlação imprescindível das várias etapas na realização de um planeamento estratégico, uma das mais relevantes é necessariamente a do diagnóstico.
Como nos explica Paris Roche, não é possível decidirmos até onde queremos ir se não sabemos onde nos encontramos. Ou seja, não podemos definir quaisquer finalidades sem sabermos se as mesmas serão efetivamente realistas ou se eventualmente teremos outras possibilidades mais condizentes com a nossa vocação (missão).

Assim é necessário, sem precipitações e pressas, refletir sobre a nossa situação real e o contexto onde nos encontramos envolvidos e só após domínio do meio envolvente é adequado percebermos o que pretenderemos fazer com provável segurança e sem pisarmos em areias movediças, que nos poderão bloquear sem sequer entendermos o porquê.

É pois capital, antes de estabelecer qualquer objetivo, analisar alguns fatores da própria entidade e do ambiente onde se encontra enquadrada, nomeadamente realizar um diagnóstico, ou se quisermos, um estudo para conhecer pormenorizadamente tudo que a abrange, isto é, uma investigação de cenário ou da conjuntura circundante.

Só deste modo se conseguirá aferir de forma integral quais as forças, pressões e situações que influenciam e condicionam o meio envolvente da entidade, para posteriormente se conseguir proceder a uma reflexão apropriada, antes de determinar as etapas seguintes sobre os fatores internos e externos que afetam ou poderão afetar a entidade.

Funciona, portanto, como um ponto de partida que nos possibilitará com sapiência identificar de maneira concreta os problemas, limitações e possibilidades para agora sim, com convição, começar a perceber as medidas mais corretas a desenvolver. Irá assim permitir estabelecer metas com confiança bem como desde logo as melhores alternativas, os meios ótimos para as conseguir alcançar, aumentando substancialmente esta probabilidade já que em princípio saberemos até onde será possível chegar e por onde não deveremos prosseguir.

O seu intuito é precisamente identificar com segurança as metas possíveis, em conformidade com o propósito da organização, a razão da sua existência e as condições internas que possui ou externas que com ela se relacionam.

Para Cardoso (1998), é um processo de recolha e tratamento de informação sobre o ambiente e a organização, que leva à tomada de decisões através das quais a instituição se adapta, modifica e atua sobre o contexto em que está inserida devendo esta sua análise, segundo Sancho (2004), encontrar-se envolta em duas perspetivas, a apreciação do presente e uma antevisão do futuro. pois só desta forma o planeamento poderá ser eficaz.

O processo de diagnóstico tem assim uma principal finalidade de reconhecimento de metas e modos ideais do pretendido e a concretização ótima destes, que só serão possíveis depois de se conhecer onde nos movimentamos, devendo a pesquisa incidir sobre uma visão global e não apenas sobre algumas áreas pois a falha poderá surgir do inesperado, avaliando interna e externamente os dados objetivos (estatísticos por exemplo) e subjetivos (opiniões, intenções, obstáculos, etc), não podendo nada ficar ao acaso.

Burriel (1994) e Pires (2007) entendem igualmente que é a partir do diagnóstico que se podem desencadear processos de tomada de decisão, sendo o conhecimento do meio envolvente a base sustentável para credibilizar as orientações de uma qualquer implementação de ideias. Irá por isso impedir que se perca tempo com políticas que à partida já se encontrariam condenadas por desajustamento, com até intenções teoricamente bastante bem elaboradas, mas que verdadeiramente não possuiriam nenhum efeito.

O diagnóstico para ser completo deverá abordar sempre a universalidade da entidade e do meio onde se encontra inserida e não apenas frações, mesmo que o propósito final incida eventualmente sobre alguns departamentos e como já visto, baseada tanto em dados objetivos como subjetivos, que se complementarão entre si com realce prioritariamente para as áreas chave.

Como parâmetros primordiais a observar a nível externo, temos desde logo o pressuposto sociológico, onde se inclui a demografia e a área geográfica, as modas, a economia doméstica, os modos habituais de vida ou a consciência dos cidadãos, o marco normativo ou jurídico nomeadamente a legislação aplicável, com maior ou menor regulação e o político, onde se realça a correspondente estabilidade do poder político, maior ou menor intervenção, subsídios ou outros apoios concedidos, bem como as principais políticas desenvolvidas.

Mas numa sociedade de cariz democrático, baseada em liberdade e numa economia de mercado, não nos podemos nunca esquecer da concorrência (oferta), do modo que como se encontra organizada ou como funciona nem da procura, ou seja dos nossos potenciais utentes.

Caso por exemplo ofereçamos automóveis, deveremos perceber quem são as marcas que se encontram neste nosso mercado, de que quota usufruem, como disponibilizam o bem ou serviços acoplados e se há movimento de outros potenciais concorrentes, como bons transportes públicos. Mas identicamente, perceber se os possíveis consumidores pretenderão eventualmente possuir interesse em viaturas com as características disponibilizadas por nós.

Já num grau interno ocupam mais importância os recursos humanos, onde se incluem não só os diretores e trabalhadores como ainda todos os restantes colaboradores (prestadores de serviços ou voluntários, entre outros), os recursos financeiros diretos como receitas próprias, mas igualmente a capacidade de crédito, possíveis doações ou outros meios orçamentais e os recursos materiais, relacionados com espaços, infra-estruturas ou equipamentos.

Bem como a perceção da satisfação dos utentes, na prática, a vontade de utilização por parte dos nossos consumidores e a estrutura organizativa, caso dos procedimentos administrativos (mais ou menos burocracia), autonomia possuída (ou não) e respetivas competências/atribuições.

Ora, só depois deste trabalho efetuado poderemos ponderar nas nossas intenções visto que, agora sim, conheceremos a realidade, os nossos recursos, possibilidades e nestes termos, o que será possível atingir.

Dispomos todavia de várias metodologias para o fazer mas a mais indicada é sem dúvida a denominada análise SWOT (strengths, weaknesses, opportunities, threats) ou em português, DAFO (OU FOFA).

Este processo permite-nos de modo completo identificar todos os conteúdos que nos abrangem ou poderão abranger, externos e internos, tanto no presente como no futuro e de forma positiva ou negativa já que nos apresenta os pontos fracos no presente (Debilidades), o que nos poderá suceder de errado no futuro (Ameaças), os pontos fortes na atualidade (Forças) e ainda o que nos poderá beneficiar ulteriormente (Oportunidades).

Será só a partir daqui que se poderá avançar com determinação para a fixação de metas e seleção das melhores opções, através do reforço dos pontos fortes, atenuação progressiva dos pontos fracos, aproveitamento das oportunidades e eliminação das ameaças.

Dr. Miguel Furtado, docente no ISG, para o LINK TO LEADERS

ISG no XIII Fórum de Internacionalização de Empresas

ISG no XIII Fórum de Internacionalização de Empresas

O Professor Doutor Tito Carvalho, docente do Instituto Superior de Gestão, esteve presente, no passado dia 19 de novembro, no XIII Fórum de Internacionalização de Empresas, em Campinas, no Brasil, para proferir uma palestra em nome do ISG.

A construção do futuro através da formação profissional

A construção do futuro através da formação profissional

Até há bem pouco tempo, o ensino profissional era olhado com alguma desconfiança por haver quem acreditasse que não se ensinava de forma rigorosa e que não se almejava a excelência. Mas, o que a sociedade portuguesa tem vindo a descobrir é precisamente o contrário.
No passado mês de outubro, entre os dias 14 e 18, a Presidência finlandesa acolheu a Semana Europeia da Educação e da Formação Profissional, European Vocational Skills Week 2019, que este ano teve como mote “Descobre o teu Talento” #DiscoverYourTalent, através da educação e da formação profissional.
As primeiras quarenta escolas profissionais surgiram em Portugal em 1989, através da assinatura de contratos-programa entre as entidades titulares das escolas e o Ministério da Educação. Ao longo destes trinta anos foram sendo fundadas escolas por todo o país e hoje encontramos projetos educativos espalhados por Portugal continental e pelas Regiões Autónomas que visam, desde a sua génese, dar resposta a um conjunto de desafios que se prendem com a aquisição de competências e com um olhar diferente acerca de ensinar e de aprender.
Até há bem pouco tempo, o ensino profissional era olhado com alguma desconfiança por haver quem acreditasse que não se ensinava de forma rigorosa e que não se almejava a excelência. Mas, o que a sociedade portuguesa tem vindo a descobrir é precisamente o contrário. A inovação e a criatividade fazem parte do dia a dia do ensino profissional onde o estudante é o protagonista da aprendizagem desde o primeiro ao último dia e onde a estreita cooperação com o tecido profissional faz com que haja uma política de estágios tão intensa que a aprendizagem em contexto real de trabalho acontece a par do trabalho em sala de aula. Mas, para além de tudo isto, o ensino por projeto, os manuais escolares elaborados pelos respetivos professores, a avaliação contínua, as PAP – Provas de Aptidão Profissional, a existência de um orientador educativo, entre outras especificidades, são, na atualidade, imagem de marca do ensino profissional, o que contribuiu de forma decisiva para o aumento da notoriedade e para o crescimento do número de estudantes que o escolhem para concluir o seu percurso educativo antes de ingressarem no mercado de trabalho ou, ao invés, prosseguirem estudos no ensino superior.
É por tudo isto que a Comissão Europeia promoveu a Semana Europeia da Educação e da Formação Profissional, evidenciando que a passagem por esta tipologia de ensino é determinante para as competências que se adquirem tanto do ponto de vista das “soft skills” como das “hard skills”, que se perpetuam ao longo da carreira e, concomitantemente, ao longo da vida ativa. Outras das consequências evidenciadas é o facto de as remunerações dos diplomados do ensino profissional serem 25% acima da média dos diplomados com o ensino científico-humanístico(1). Ao longo dos últimos anos tem havido um enorme esforço por parte de todos os envolvidos no ensino profissional para mudar a perceção da generalidade das pessoas e criar a convicção de que os projetos educativos das escolas profissionais também visam a excelência e que o futuro também se constrói através do ensino profissional e da formação profissional.
Simultaneamente, a Comissão Europeia pretendeu valorizar a formação profissional destacando as empresas que mais apostam nos seus trabalhadores através de programas de valorização do capital humano.
Fui nomeada embaixadora da Semana Europeia da Educação e da Formação Profissional por Portugal e, juntamente com os meus colegas dos restantes Estados-membros da União Europeia, estive em Helsínquia a dar voz ao que se fez em Portugal ao longo dos últimos doze meses.
A par do conhecimento, também o trabalho digno tem a ganhar com mais e melhor educação e formação profissional!

(1)https://ec.europa.eu/social/vocational-skills-week/news_en

Dra. Teresa Do Rosário Damásio, Administradora do Grupo ENSINUS, Embaixadora Portuguesa para a Semana da Educação e da Formação Profissional, para o Jornal de Negócios

Dias das Multilaterais

Dias das Multilaterais

O ISG no Evento “Dias das Multilaterais”, que decorre nos dias 19, 20 e 21 de novembro, em Lisboa, no SANA Metropolitan Hotel, em Lisboa. Contamos com a Presença da Dra. Marta de Almeida Santos, Diretora de Relações Internacionais, e do Professor Dr. Carlos Vieira, Docente do ISG.

Consulte o programa em: https://bit.ly/345msNT

Assinatura do Convénio entre o ISG e o INEP

Assinatura do Convénio entre o ISG e o INEP

Assinatura do Convénio entre o ISG – Instituto Superior de Gestão e o INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, com a presença do Dr. Pedro Fernando Brêtas Bastos, Embaixador do Brasil em Portugal, Dr. Alexandre Pereira Lopes, Presidente do INEP, Dr. Pablo Duarte Cardoso, Ministro-Conselheiro da Embaixada do Brasil em Portugal, Professora Doutora Conceição Soeiro, Membro do Conselho de Administração do Grupo Ensinus, Professor Doutor Miguel Varela, Diretor do ISG, Professor Doutor Mário Moutinho Reitor da ULHT e do Professor Doutor Gonçalo Calado Vice-reitor da ULHT para a Investigação e Internacionalização.

O Enem Portugal, como é chamado o programa de acordos interinstitucionais entre o Inep e as instituições de educação superior portuguesas, foi criado em 2014, quando algumas instituições de Portugal já aceitavam os resultados individuais do Enem nos seus processos seletivos.

O ISG tem o orgulho de pertencer a uma rede de mais de 40 universidades, institutos politécnicos e escolas superiores que têm acordo interinstitucional com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que garante acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursos de graduação em Portugal.

Saiba tudo em: http://portal.inep.gov.br/enem/enem-portugal

35ª. Reunião Geral do Grupo Ensinus

35ª. Reunião Geral do Grupo Ensinus

Hoje, dia 18 de Novembro, decorre a 35 Reunião Geral do Grupo Ensinus.

Administração, Dirigentes Centrais e Dirigentes das Instituições de Ensino do Grupo Ensinus, estão presentes com uma Agenda centrada na reflexão sobre os trabalhos do primeiro trimestre do Ano Letivo.

Continuamos a pensar, a desenvolver e sobretudo a consolidar práticas, para mais e melhor Educação!

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