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Reinventar o “saber fazer”

Reinventar o “saber fazer”

A globalização entrou no léxico social e político quando a expansão económica se apoderou do consumo. Com a indústria e o comércio a catapultarem-se através do desenvolvimento tecnológico, a globalização mostrou a outra face: produção a baixos custos, dicotomias sociais, défices democráticos e de direitos humanos.
No alargamento do acesso à informação, através da internet e das redes sociais, os cidadãos tomaram consciência dos métodos e recursos que empresas e alguns Estados desenvolvem para a produção em massa. Ainda que os consumidores mais conhecedores se tenham tornado mais exigentes, do outro lado da balança persiste uma realidade social que se encontra refém da própria globalização.

Este preço social está e estará longe de ser esbatido. Talvez um dia, quando os consumidores começarem a boicotar as empresas que persistem na exploração de mão de obra infantil ou nas diferenças salariais entre género, se abandonem estas práticas e se implemente, a produção assente na sustentabilidade social.

O desejo do crescimento económico sustentado tem levado muitos países, empresas e estruturas de ensino a apostarem em atividades de valor acrescentado sobre um ambicioso: “saber fazer”.

Se há nove anos a indústria 4.0 veio responder à volatilidade dos mercados e ao avanço da digitalização dos processos de produção, combinando com o uso generalizado da internet, hoje enfrentamos o desafio da inteligência artificial. Num curto espaço de tempo passou-se a intimar para o fomento do valor, para o aperfeiçoamento do desempenho, para o domínio do conhecimento.

Na esquizofrenia dos números, dos resultados, da produção de produtos que muitas vezes nem os consumidores sequer reclamam ou conhecem (mas que as empresas já se encontram a estruturar sobre a dita “globalização”), voltamos a questionar em que ponto se encontram: as identidades culturais, as redes de relações sociais, os sistemas de valores…

Ainda que os bens sejam produzidos, consumidos e trocados; ainda que estejamos ligados a marcas e a comunidades económicas; ainda que muitas das nossas motivações nos tenham sido “incutidas”; ainda que todos estejamos “ligados em rede”, até que ponto não nos encontramos a viver uma pandemia de consumo?

A crescente finitude dos recursos naturais, as contínuas e crescentes divisões nas comunidades, a radicalização das crenças religiosas, o fomento do belicismo e a desumanização das sociedades exigem respostas diferenciadas. Há muito tempo percebemos que só através da educação e do desenvolvimento do conhecimento podemos voltar a equilibrar a balança social e humana.

Desta forma exige-se o compromisso entre Estados, empresas e escolas. Urge reinventar o “saber fazer” nas carteiras das escolas, incrementar novas metodologias, estabelecer parcerias entre as comunidades educativas e o setor empresarial e social, para fomentar a interligação de conhecimentos e de experiências, potenciando o multiculturalismo, o diálogo e a colaboração.

Reinventar o “saber fazer” comporta igualmente a responsabilização individual de cada aluno, de cada jovem, sobre o futuro que está nas suas mãos. Nesse futuro, e nas mãos de cada um já habita a irresponsável permissão que demos à economia e ao consumismo para se apoderarem da nossa independência, tornando-nos egoístas e individualistas.

Reinventar o “saber fazer” torna-se um desafio comum, de sobrevivência humana, onde cada um se responsabiliza por si e pelo próximo, pelo seu papel na construção de um mundo mais justo, solidário e sustentável.

As escolas, as universidades, as associações e os Estados estarão, decerto, conscientes e preparados para os esforços que este desafio exige. E nós, estamos prontos para o alcançar?

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João Caldeira Heitor é licenciado em Português/Inglês pelo Instituto Jean Piaget, tem um doutoramento em Turismo pela Universidade de Lisboa, é mestre em Educação e Administração Escolar pela Universidade de Évora e pós-graduado em Gestão de Bibliotecas Escolares, pelo Instituto Superior de Línguas Aplicadas.

Paralelamente é investigador colaborador do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo (CiTUR Leiria). Além das diversas publicações efetuadas também é orador em vários congressos nacionais e internacionais.

Ao longo do seu percurso profissional desenvolveu atividades de docência em diversas instituições de ensino superior. Atualmente é o secretário-geral do Instituto Superior de Gestão (ISG)

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ISG no 11th Internacional Tourism Congress

ISG no 11th Internacional Tourism Congress

No âmbito do 11th Internacional Tourism Congress subordinado ao tema The Image and Sustainability of Tourism Destinations, que decorreu entre os dias 5 e 7 de novembro, na cidade do Funchal, o Professor Doutor João Caldeira Heitor, do Instituto Superior de Gestão, participou como orador com duas comunicações:

-The smartphone in the Mariano’s route as a means of Enhancing Customers’ Experience;
-The Pilgrim image of Our Lady of Fátima: a religious tourism brand.

Este congresso contou com a presença de investigadores e académicos de 11 nacionalidades, e do Professor Doutor Luiz Moutinho da Suffolk Business School, University of Suffolk, United Kingdom.

Saiba mais em: http://itc.citur-tourismresearch.com/

Fulbright English Teaching Assistant at ISG

Fulbright English Teaching Assistant at ISG

“My name is Jessica Condolo Hubsch and I am serving as a Fulbright English Teaching Assistant at ISG-Business and Economics School in Lisbon. I hold an M.Ed. in Globalization and Educational Change from Lehigh University in Bethlehem, Pennsylvania, USA.

At ISG, I assist in a management planning and control course, taught by Dr. Carlos Veira, that was designed for international students at ISG. I am also collaborating with various departments within the school to publish research and organize international student activities. Additionally, as a Fulbright grantee, I am expected to assist the Portuguese Fulbright Commission in educational activities. Some examples are the Study Abroad Portugal Fair and the Competitive College Club.

I am also working on an individual project exploring the concept of European identity from the perspective of European students, which I hope to publish as a book in the future.”

 

Salário mínimo: para que te quero?

Salário mínimo: para que te quero?

O conceito de salário mínimo é absolutamente estranho aos países do norte da Europa.

A Dinamarca, a Finlândia, a Islândia, a Noruega ou a Suécia não o aplicam, deixando o mercado regular o salário. O Governo fixou como objetivo o aumento do salário mínimo para 750 euros até ao fim da legislatura, em 2023. De facto, nos últimos quatro anos, o salário mínimo teve uma valorização nominal de 19% e real de 14%, considerando a inflação. Segundo dados oficiais do Governo, o número de trabalhadores que auferem o salário mínimo nacional tem vindo a diminuir, situando-se atualmente em pouco mais de 755 mil indivíduos, ou seja cerca de 22,4% da população empregada.

No entanto, o salário mínimo é uma referência que afeta outros salários, até como indexante. O salário mínimo não é uma política uniforme na Europa e no mundo. Vários países nem sequer adotam este conceito. Mesmo na Europa, o salário mínimo oscila entre os 300 euros e os 2000 euros e noutros locais do mundo como na América, o valor mínimo de salário aplicável é por hora de trabalho.

O conceito de salário mínimo é absolutamente estranho aos países do norte da Europa. A Dinamarca, a Finlândia, a Islândia, a Noruega ou a Suécia não o aplicam, deixando o mercado regular o salário. O principal argumento reside no facto de que fixar administrativamente um salário mínimo acaba por nivelar por baixo os rendimentos. Na Áustria, no Chipre e na Suíça também é um conceito inexistente. De facto, na Suíça foi discutido recentemente o estabelecimento de um valor de salário mínimo mensal de cerca de 3.500 francos suíços, mas foi a própria população que rejeitou esta proposta.

É certo que a teoria económica considera o trabalho como outro qualquer bem. Trata-se de um valor de equilíbrio entre o que os trabalhadores estão disponíveis para receber em troca do que os empregadores estão dispostos a pagar em troca do valor gerado por esse trabalho.

O Estado não deve fixar um salário mínimo pois acaba por distorcer o equilíbrio de mercado. Se fixar um valor acima das hipotéticas condições de equilíbrio, o Estado impede a criação de postos de trabalho, mas sobretudo a prazo, “obriga” os trabalhadores a oferecer mão-de-obra a custos muito reduzidos para as empresas. Este modelo acaba por ser simplista e não tem em conta uma série de dimensões, muitas delas não matematizáveis. É certo que em situações de recessão ou de expansão, o comportamento dos agentes e a capacidade negocial é diferente, mas não é a existência de um salário mínimo que resolve ou atenua o problema.

A economia não se testa em laboratório, mas o principal indicador da qualidade de vida não pode ser o salário mínimo, mas sim o salário médio. Não deixa de ser curioso notar que, regra geral, os países em que o rendimento do trabalho dependente anual é maior, são aqueles em que não existe o conceito de salário mínimo nacional.

Dr. Miguel Varela, Director do ISG – Business & Economics School, para o Jornal de Negócios

Administradora do Grupo Ensinus Conferência Internacional “Mulheres Gerando e Gerindo Conquistas”

Administradora do Grupo Ensinus Conferência Internacional “Mulheres Gerando e Gerindo Conquistas”

Dra. Teresa Damásio, Administradora do Grupo Ensinus, irá dar o seu contributo no Painel de Debate da Conferência Internacional “Mulheres Gerando e Gerindo Conquistas”, no dia 12 de Novembro, pelas 17h30, na Faculdade Lusófona do Rio de Janeiro. A sua intervenção será feita via Skype – hora de Portugal – e abordará transversalmente o papel da Mulher face aos desafios quotidianos, enquadrados nos seus Direitos e consequentemente, na gestão dos seus Sucessos diários.

MARCA ISG RUMO AO FUNCHAL!

MARCA ISG RUMO AO FUNCHAL!

No âmbito do Programa Inspiring Future, o ISG – Instituto Superior de Gestão, segue no próximo dia 5 de novembro, rumo à Região Autónoma da Madeira, com o objetivo de divulgar a sua oferta educativa junto das escolas da Ilha, tendo em vista a captação de novos alunos para o 1º Ciclo de Licenciaturas.

Serão seis, as escolas abrangidas pelo programa: Escola Secundária Jaime Moniz, Escola Secundária Francisco Franco, Escola Secundária TIL – APEL e Escola Secundária de Machico, Escola Básica e Secundária do Carmo e a Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco.

O Programa Inspiring Future, criado em 2014, é um projeto sem fins lucrativos, da iniciativa da Associação Inspirar o Futuro, que visa a organização de Feiras de Universidades nas Escolas Secundárias, juntando Instituições Universitárias, públicas e privadas, nacionais e internacionais, com o intuito de divulgar a Oferta do Ensino Superior juntos dos alunos do secundário.

O desenvolvimento deste Programa assume um formato de roadshow, constituído pela presença diária do ISG nas escolas secundárias, em formato stand, reforçado com uma abordagem mais pessoal, em ambiente de sala de aula, que nos permite apresentar o Projeto ISG através de uma Palestra Institucional junto dos alunos da área socioeconómica, reforçando assim, a notoriedade da nossa marca.

No passado Ano Letivo 2018/2019, através do desenvolvimento deste Programa o ISG contactou com cerca de 18939 alunos de 12.º ano e cerca de 37878 alunos de 10° e 11.º , garantindo a pertinência da nossa participação neste Projeto. Desenvolvimento de 80 Ações diversificadas, 40 palestras temáticas e 40 palestras Institucionais.

No presente Ano Letivo 2019/2020, a ambição é outra! O ISG alargará a sua intervenção no que respeita à área geográfica ao fazer parte do Projeto País do Inspiring Future. A ilha da Madeira será apenas o ponto de partida da nossa campanha de captação de alunos, que levará a marca ISG a percorrer o país, passando por Beja, Reguengos de Monsaraz, Évora, Montemor-o-novo, Vendas Novas, Portalegre, Ponte de Sôr, Estremoz, Vila Viçosa, Elvas, Castelo Branco, Tomar, Leiria, Odivelas, Peniche, Santarém, Mafra, Vila Franca De Xira, Sintra, Almada, Cascais, Lisboa, Loures, Oeiras, Setúbal e Torres Vedras.

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